ATA DA QÜINQUAGÉSIMA SÉTIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA
TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEGUNDA LEGISLATURA, EM
04.08.1999.
Aos quatro dias do mês de agosto do ano de mil
novecentos e noventa e nove reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio
Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas foi efetuada a
chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Guilherme Barbosa, João
Carlos Nedel, João Dib, José Valdir, Juarez Pinheiro, Lauro Hagemann, Luiz
Braz, Maristela Maffei, Nereu D’Ávila, Paulo Brum, Renato Guimarães e Sonia
Saraí. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Antônio Losada,
Carlos Alberto Garcia, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Cyro Martini, Eliseu
Sabino, Elói Guimarães, Gilberto Batista, Helena Bonumá, Hélio Corbellini,
Isaac Ainhorn, João Motta, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol e Tereza Franco.
Constatada a existência de "quorum", o Senhor Presidente declarou
abertos os trabalhos e determinou a distribuição em avulsos de cópias da Ata da
Qüinquagésima Quinta Sessão Ordinária, que foi aprovada. À MESA foram
encaminhados: pela Mesa Diretora, os Projetos de Resolução nºs 41 e 42/99
(Processos nºs 2476 e 2493/99, respectivamente); pelo Vereador Antonio
Hohlfeldt, 05 Pedidos de Providências; pelo Vereador Carlos Alberto Garcia, 01
Pedido de Providências; pelo Vereador Cláudio Sebenelo, 02 Pedidos de
Providências e o Pedido de Informações nº 107/99 (Processo nº 2380/99); pelo
Vereador Hélio Corbellini, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº
08/99 (Processo nº 2301/99); pelo Vereador João Carlos Nedel, o Pedido de
Informações nº 109/99 (Processo nº 2435/99); pelo Vereador Lauro Hagemann, o
Projeto de Lei do Legislativo nº 116/99 (Processo nº 2406/99); pelo Vereador
Luiz Braz, 01 Pedido de Providências, o Pedido de Informações nº 105/99
(Processo nº 2355/99) e o Projeto de Lei do Legislativo nº 117/99 (Processo nº
2436/99); pelo Vereador Nereu D’Ávila, 01 Pedido de Providências e o Projeto de
Resolução nº 30/99 (Processo nº 2140/99); pelo Vereador Pedro Américo Leal, o
Projeto de Resolução nº 31/99 (Processo nº 2146/99); pelo Vereador Renato
Guimarães, 01 Emenda ao Projeto de Lei do Legislativo nº 83/99 (Processo nº
1961/99) e a Indicação nº 43/99 (Processo nº 2129/99). Também, foram apregoados
os seguintes Ofícios, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre: de nº
410/99, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 17/99 (Processo nº
2468/99); de nº 412/99, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 18/99
(Processo nº 2470/99); de nº 413/99, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo
nº 19/99 (Processo nº 2472/99); de nº 414/99, encaminhando o Projeto de Lei do
Executivo nº 20/99 (Processo nº 2473/99); de nº 415/99, encaminhando o Projeto
de Lei do Executivo nº 21/99 (Processo nº 2474/99). Do EXPEDIENTE constaram:
Ofícios nºs 1309 e 1481/99, do Senhor Gilberto Chiapinotto, Superintendente de
Negócios da Caixa Econômica Federal - CEF; 1553 e 1584/99, do Deputado Flávio
Koutzii, Secretário Extraordinário para os Assuntos da Casa Civil do Estado/RS.
A seguir, o Senhor Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, à Senhora
Rosa Maria de Oliveira Granja, representante da Escola Municipal Especial
Professora Lygia Morrone Averbuck, que relatou as dificuldades enfrentadas
pelos pais de alunos desta Escola Especial para o financiamento de custos de
transporte, solicitando a intermediação deste Legislativo junto à Secretaria
Municipal dos Transportes no sentido de viabilizar o fornecimento de passes
gratuitos de transporte coletivo para os acompanhantes de portadores de
deficiências. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Paulo Brum, reportando-se ao
tema da Tribuna Popular, discorreu a respeito de legislação em vigor no
Município, que prevê a isenção do pagamento da tarifa de transporte coletivo
aos acompanhantes de pessoas portadoras de deficiência, destacando a
importância da concessão desse benefício para possibilitar o acesso dessas
pessoas aos serviços de saúde e reabilitação colocados à disposição pelo Poder
Público. Na ocasião, o Vereador Paulo Brum, dando continuidade ao seu
pronunciamento em Comunicação de Líder, manifestou-se nos termos do artigo 206
do Regimento e procedeu à entrega, ao Senhor Presidente, de documento firmado
por Sua Excelência e endereçado ao Vereador Antônio Losada, Presidente da
Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação, solicitando o apoio dessa
Comissão na análise e busca de soluções para os problemas descritos pela
Senhora Rosa Maria de Oliveira Granja. Ainda, os Vereadores Reginaldo Pujol,
João Carlos Nedel, Cláudio Sebenelo, Carlos Alberto Garcia, Elói Guimarães,
Lauro Hagemann, Clênia Maranhão e Renato Guimarães, nos termos do artigo 206 do
Regimento, manifestaram-se a respeito do assunto tratado na Tribuna Popular, e
o Vereador Antônio Losada registrou o recebimento do documento encaminhado à
Mesa pelo Vereador Paulo Brum, anteriormente referido, tendo os Vereadores José
Valdir e Elói Guimarães manifestado-se a respeito. Em prosseguimento, o Senhor
Presidente registrou as presenças dos Atletas Daiane dos Santos, Luciane
Dambacher, Janaína Espíndola, Flávio Fernandes, Alexandre Paradeda e Fabrício
Romero, que participaram dos Jogos Pan-Americanos realizados na cidade de
Winnipeg, Canadá, convidando Suas Senhorias a integrarem a Mesa dos trabalhos.
Também, foram registradas as seguintes presenças: da Senhora Adriana Alves,
Treinadora da Atleta Daiane dos Santos; do Senhor Antônio Augusto da Fontoura,
Presidente da Federação Gaúcha de Ginástica; do Senhor José Haroldo Loureiro
Gomes, Treinador dos Atletas Luciane Dambacher e Fabrício Romero; do Senhor
Marcos Andrade, representante da Federação Gaúcha de Atletismo; da Senhora Vera
Striebel, Treinadora da Atleta Janaína Espíndola; do Senhor Adjandi Jorge
Zanini, Presidente da Federação Gaúcha de Patinação; do Senhor Boris Ostergren,
Treinador dos Atletas Flávio Fernandes e Alexandre Paradeda; do Senhor Pedro
Szabo, Presidente da Federação Gaúcha de Vela; do Senhor Décio Krohn,
Presidente da Sociedade Ginástica Porto Alegre – SOGIPA; do Senhor Ubiratan
Fernandes, Presidente da Associação Amigos do Centro Estadual de Treinamento
Esportivo; do Senhor Plínio Fracaro, Presidente do Grêmio Náutico União; do
Senhor Astor Cassel, Vice-Presidente de Esportes da Sociedade Ginástica de Novo
Hamburgo. Na ocasião, a Atleta Daiane dos Santos procedeu à entrega, ao Senhor
Presidente, de camiseta do Grêmio Náutico União. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o
Vereador Carlos Alberto Garcia parabenizou os Atletas Daiane dos Santos,
Luciane Dambacher, Janaína Espíndola, Flávio Fernandes, Alexandre Paradeda e
Fabrício Romero pelo desempenho obtido nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg,
Canadá, declarando serem estes atletas motivo de orgulho para o esporte
brasileiro e paradigmas para outros jovens que também lutam para firmarem-se no
cenário esportivo do País. Também, registrou as presenças dos Senhores Jorge
Farias, Evandro Bier e Eliseu Netto. O Vereador Cláudio Sebenelo, ao comentar a
importância exercida pelas atividades esportivas na formação cultural da
juventude, saudou os Atletas Daiane dos Santos, Luciane Dambacher, Janaína
Espíndola, Flávio Fernandes, Alexandre Paradeda e Fabrício Romero pelos resultados
colhidos durante os Jogos Pan-Americanos realizados na cidade de Winnipeg,
Canadá, propugnando pela implementação de políticas públicas destinadas ao
incentivo e à popularização da prática de esportes em todos os segmentos da
sociedade. Na oportunidade, o Vereador Isaac Ainhorn solicitou ao Vereador
Reginaldo Pujol que, ao se manifestar em Comunicação de Líder, também o fizesse
em nome da Bancada do PDT. O Vereador Reginaldo Pujol, registrando
pronunciar-se também em nome das Bancadas do PPB, PDT, PPS e PTB, cumprimentou
os Atletas Daiane dos Santos, Luciane Dambacher, Janaína Espíndola, Flávio
Fernandes, Alexandre Paradeda e Fabrício Romero pela exitosa participação nos
Jogos Pan-Americanos realizados em Winnipeg, Canadá, ressaltando que o bom
desempenho obtido servirá como incentivo para outros jovens dedicarem-se ao
esporte e desejando sorte e sucesso nas futuras competições nas quais Suas
Senhorias tomarão parte. Na ocasião, face manifestação do Vereador Elói Guimarães,
o Senhor Presidente prestou informações a respeito do andamento dos trabalhos
da presente Sessão. A seguir, o Senhor Presidente concedeu a palavra aos
Atletas Daiane dos Santos e Alexandre Paradeda, que agradeceram a homenagem
hoje prestada por este Legislativo aos Atletas gaúchos que participaram dos
Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, Canadá. Após, o Vereador Adeli Sell formulou
Requerimento verbal, solicitando que cópias dos pronunciamentos efetuados pelos
Vereadores Carlos Alberto Garcia, Cláudio Sebenelo e Reginaldo Pujol, bem como
pelos Atletas Daiane dos Santos e Alexandre Paradeda fossem enviadas ao
Departamento Estadual de Esportes, à Secretaria Municipal de Esportes e ao
Ministério do Esporte e Turismo, Requerimento este deferido pelo Senhor Presidente,
após a anuência dos Oradores. Também, o Senhor Presidente convidou os Senhores
Vereadores, Atletas e demais convidados para assinalarem sua participação na
presente solenidade através de registro fotográfico. Às quinze horas e vinte e
cinco minutos os trabalhos foram regimentalmente suspensos. Às quinze horas e
trinta e um minutos, constatada a existência de "quorum", os
trabalhos foram reiniciados, tendo o Senhor Presidente prestado esclarecimentos
a respeito do artigo 147 do Regimento. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador
Pedro Américo Leal reportou-se à representação interposta pela Bancada do
Partido dos Trabalhadores, que solicita a instauração de Comissão de Ética para
apurar responsabilidades decorrentes de declarações prestadas da tribuna pelo
Vereador Luiz Braz, destacando a necessidade de que sejam observadas as
disposições constantes na Constituição Federal que garantem a inviolabilidade
dos atos e manifestações realizadas pelos parlamentares no exercício de suas
atividades políticas. Na oportunidade, os trabalhos estiveram suspensos das
quinze horas e trinta e nove minutos às quinze horas e quarenta minutos, nos
termos regimentais, e o Senhor Presidente, face Questões de Ordem e
manifestações dos Vereadores Guilherme Barbosa, Pedro Américo Leal, João Dib e
Elói Guimarães, prestou esclarecimentos a respeito dos artigos 147 e 180,
inciso II do Regimento. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Luiz Braz contraditou
artigo publicado na edição de hoje do Jornal Correio do Povo, relativo a
pronunciamentos efetuados por Sua Excelência sobre a utilização de verbas
orçamentárias pelo Departamento Municipal de Habitação – DEMHAB. Também,
manifestou-se acerca das representações interpostas pela Bancada do PT e pelo
Senhor Prefeito Municipal, afirmando não ter pretendido fazer nenhuma acusação
contra a honorabilidade do Prefeito e dos Vereadores filiados do PT. O Vereador
João Dib, ao referir-se às representações interpostas pelo Senhor Prefeito
Municipal e pela Bancada do PT em função de pronunciamentos efetuados pelo Vereador
Luiz Braz, ressaltou as disposições constantes na Lei Orgânica do Município que
consagram o princípio da inviolabilidade das manifestações realizadas da tribuna
pelos Senhores Vereadores e cobrou posicionamentos adotados pela Bancada do PT
neste Legislativo quando da ocorrência de situações semelhantes envolvendo
membros deste Partido. Na oportunidade, face Questões de Ordem formuladas pelos
Vereadores Paulo Brum, Isaac Ainhorn e Pedro Américo Leal, o Senhor Presidente
prestou esclarecimentos a respeito do artigo 13 da Resolução nº 1319/96 -
Código Parlamentar de Ética e sobre a tramitação, neste Legislativo, das
representações apresentadas pela Bancada do PT e pelo Senhor Prefeito Municipal
devido a pronunciamentos efetuados neste Legislativo pelo Senhor Luiz Braz. Em
COMUNICAÇÕES, o Vereador José Valdir, ao referir-se à representação interposta
pela Bancada do PT em função de pronunciamento realizado pelo Vereador Luiz
Braz no dia vinte e cinco de junho do corrente, justificou o procedimento
adotado por esta Bancada, declarando que tal representação foi apresentada no
intuito de garantir o cumprimento das disposições do Código de Ética
Parlamentar, que estabelecem o respeito à imagem e à atuação política dos
membros dos Poderes Legislativo e Executivo. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o
Vereador Isaac Ainhorn manifestou-se sobre estudos realizados pelo Executivo
Municipal com vistas ao reajuste nos valores que fundamentam o cálculo do
Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU. Também, analisou a Lei
Complementar nº 311/93, que prevê a cobrança de Imposto Sobre Serviços de
Qualquer Natureza - ISSQN sobre as atividades das instituições de crédito
sediadas em Porto Alegre, defendendo a adoção de medidas que estabeleçam fontes
alternativas de recursos para o Município. Em COMUNICAÇÕES, a Vereadora
Maristela Maffei teceu críticas à iniciativa do Senador Antônio Carlos
Magalhães, de criação de um tributo destinado a financiar programas de auxílio
às populações carentes brasileiras, destacando que a ausência de políticas
públicas voltadas às áreas da saúde e da educação são resultantes da falta de
preocupação do Governo Federal com tais necessidades. Ainda, propugnou pela
adoção de políticas alternativas de manutenção dos sistemas públicos de saúde e
de ensino. A Vereadora Clênia Maranhão registrou o transcurso, hoje, dos cento
e cinqüenta anos de nascimento de Anita Garibaldi, informando estar doando à
Biblioteca desta Casa obra de autoria da Pesquisadora Ivone Capuano, intitulada
"De Sonhos e Utopias - Anita e Giuseppe Garibaldi". Também, externou
sua preocupação com o aumento verificado nos preços dos medicamentos e teceu
considerações a respeito do trabalho assistencial desenvolvido pela Fundação de
Educação Social e Comunitária - FESC. O Vereador Reginaldo Pujol, contraditando
o pronunciamento da Vereadora Maristela Maffei, defendeu a atuação parlamentar
do Senador Antônio Carlos Magalhães no Congresso Nacional, comentando fatos relativos
à trajetória de Sua Excelência frente ao cenário político brasileiro. Ainda,
teceu críticas a posicionamentos ideológicos adotados pelos integrantes do
Partido dos Trabalhadores, afirmando que o respeito às posições políticas
divergentes é pressuposto básico para garantia da plena democracia. O Vereador
Elói Guimarães registrou a presença do Professor Hugo Ramirez e discorreu sobre
os serviços de saúde atualmente colocados à disposição da sociedade pelo Poder
Público, manifestando sua contrariedade aos reajustes promovidos nos preços dos
medicamentos e afirmando ser necessária uma fiscalização mais rígida, por parte
do Governo Federal, sobre as atividades da indústria farmacêutica, de modo a
permitir que todos os cidadãos tenham acesso a remédios baratos e de boa
qualidade. O Vereador Guilherme Barbosa pronunciou-se a respeito da
representação interposta pela Bancada do PT, solicitando a instalação de uma
Comissão de Ética para apurar responsabilidades decorrentes de pronunciamento
efetuado pelo Vereador Luiz Braz no dia vinte e cinco de junho do corrente.
Também, teceu considerações sobre os índices de conclusão de obras previstas
pelo Programa de Orçamento Participativo, declarando serem inverídicas
informações constantes de impresso publicado pelo PMDB a respeito desse tema.
Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Emenda à
Lei Orgânica nº 03/99, o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei do Legislativo nº
31/99, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 06/99, os Projetos de
Lei do Legislativo nºs 156 e 157/98, 84, 88, 89, 90, 91, 93, 94 e 95/99, os
Projetos de Lei do Executivo nºs 10, 12, 13 e 14/99, os Projetos de Resolução
nºs 38, 39 e 40/99; em 3ª Sessão, os Projetos de Resolução nºs 54/98 e 27/99,
os Projetos de Lei do Legislativo nºs 80, 81, 83, 86 e 87/99, o Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 05/99; em 4ª Sessão, o Projeto de Emenda à Lei
Orgânica nº 02/99. Na ocasião, face Questões de Ordem e manifestações dos
Vereadores José Valdir, Pedro Américo Leal, Luiz Braz, João Dib e Guilherme
Barbosa, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos a respeito da condução dos
trabalhos da presente Sessão e sobre as disposições regimentais atinentes à
discussão e tramitação da matéria constante na Pauta. A seguir, constatada a
existência de "quorum", foi iniciada a ORDEM DO DIA. Às dezessete
horas e três minutos, constatada a inexistência de "quorum", o Senhor
Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores
para a Sessão Ordinária da próxima sexta-feira, à hora regimental. Os trabalhos
foram presididos pelo Vereador Nereu D'Ávila e secretariados pelo Vereador
Adeli Sell. Do que eu, Adeli Sell, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a
presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim
e pelo Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Nereu D’Ávila): Passamos à
TRIBUNA POPULAR
A
Sra. Rosa Maria de Oliveira Granja, representando a Escola Municipal Especial
Profa. Lygia Morrone Averbuck, está com a palavra, pelo tempo regimental de 10
minutos.
A SRA. ROSA MARIA DE OLIVEIRA GRANJA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores,
queremos, em primeiro lugar, agradecer, em especial, ao Ver. Paulo Brum pela
sua luta constante no sentido de se fazerem respeitar os direitos das pessoas
portadoras de deficiência.
Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, estamos aqui, em nome de centenas de mães
carentes, acompanhadas de seus filhos portadores de deficiências, para
solicitar o apoio desta Casa junto à Secretaria Municipal dos Transportes, para
acharmos uma solução para que essas mães possam utilizar o passe gratuito, sem
a necessidade de estar acompanhadas do filho deficiente.
Nossa
solicitação se faz necessária, haja vista as dificuldades de locomoção da
maioria dessas crianças que não conseguem sequer ficar em pé, precisando ser
carregadas no colo. E mais, alguns deficientes fazem uso de botas ortopédicas
reforçadas com quatro ferros, aumentando a dificuldade de locomoção em função
do peso, também não conseguem ficar sentados sozinhos, como, por exemplo, em
esperas intermináveis nos hospitais para uma consulta.
Srs.
Vereadores, queremos fazer uma denúncia desta tribuna: existem crianças
portadoras de deficiência que estão ficando em casa, que não estão tendo o
tratamento que precisam, porque não encontram sensibilidade de parte do Poder
Público. Suas mães carentes, muitos pais desempregados, não possuem condições
de pagar a passagem de ônibus para buscar seus filhos na instituição que lhes
presta o atendimento necessário para viver.
Sr.
Presidente, é do conhecimento de todos nós as dificuldades para conseguirmos
consultas com especialistas. Nossas crianças necessitam constantemente de
avaliação e tratamento fisioterápico, obrigando, assim, a sairmos de madrugada
com eles, enfrentando horas e horas de espera para, muitas vezes, no final, não
conseguir e ter que voltar no outro dia.
É
doloroso, senhores, mas não desistiremos. Afinal, essas crianças são o que
temos de mais precioso em nossas vidas, sem nós elas não teriam a mínima chance
de uma vida saudável.
Por
isso, estamos aqui, juntos, para sensibilizar a SMT para que reveja com
especial atenção o passe gratuito para que as mães acompanhantes não precisem
ter que levar seus filhos junto na busca de alimentos, remédios.
Gostaríamos
de salientar que somos a favor de que haja um controle rigoroso nas confecções
de carteiras do passe gratuito, de maneira que só as pessoas realmente carentes
sejam beneficiadas.
Porém,
achamos justo que tais medidas se ajustem às reais necessidades.
Senhor
Presidente, Srs. Vereadores, estamos pedindo socorro à Casa do Povo, pelo amor
de Deus, pelo amor de centenas de crianças, muitas que não conseguem nem falar:
ajudem-nos, o pouco que pedimos é muito para nós, é tudo que essas crianças
precisam.
Muito
obrigada a todos os representantes que estão aqui pela mesma finalidade.
Quero
agradecer também aos diretores dessas escolas e dizer que fiquei muito
estarrecida de ver muitos pais sentados nas portas das escolas, em muros, por
não terem condições de pagar uma passagem de ônibus de volta. Muito obrigada.
(Não
revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE: Tivemos a palavra da Sra. Rosa Maria
Granja em nome da Escola Municipal Especial Profa. Lygia Morrone Averbuck.
V.
Sa. referiu, na parte final do seu pronunciamento, que há mais escolas aqui.
Queremos saudar a todos os representantes dessas escolas e dar a nossa
solidariedade aos diretores, professores e pais na busca da pretensão que foi
expressa da tribuna, uma situação efetivamente sensível no apelo veemente,
humano, bastante sentido da Sra. Rosa Maria Granja, que, em nome de todos,
expressou esse problema. A Sra. Rosa pediu o apoio da nossa instituição - a
Câmara -, independente de qualquer providência individual dos Srs. Vereadores
ou mesmo do poder público. Saibam que estamos inteiramente às ordens.
O
Ver. Paulo Brum está com a palavra para uma Comunicação de Líder e também pelo
tempo disposto pelo art. 206 do Regimento.
O SR. PAULO BRUM: Sr. Presidente, Vereador Nereu D’Ávila;
Sra. Rosa Maria Granja, representando as escolas especiais da nossa capital;
senhores dirigentes de escolas; professores, pais, mães de portadores de
deficiência; meus caros amigos, irmãos portadores de deficiência; Srs.
Vereadores; senhoras, senhores, nós fomos procurados por uma comissão de mães preocupadas
quanto à questão do passe gratuito para os acompanhantes de deficientes. É bom
que relembremos que o passe gratuito para as pessoas portadores de deficiência
foi instituído em 1989, quando apenas a APAE Porto Alegre fazia essa
distribuição para os portadores de deficiência.
Em
julho de 1985, por uma lei aprovada por esta Casa, passou a ser distribuído não
só para os portadores de deficiência mental, mas para todas as pessoas com
deficiências físicas, de surdez, ou visual. Houve todo um processo e ficou
efetivada a garantia do passe gratuito nos ônibus de Porto Alegre.
O
último decreto do Sr. Prefeito, de 08 de fevereiro de 1999, determinou que os
beneficiários legais de gratuidade do sistema de transporte de Porto Alegre,
bem como seus acompanhantes, deverão embarcar pela porta dianteira do ônibus,
mediante apresentação de carteira de identificação. O parágrafo 1º diz que os
acompanhantes, referidos no caput do artigo, somente gozarão do benefício da
gratuidade e embarcarão pela porta dianteira dos ônibus, quando estiverem
acompanhados do titular do benefício.
Essa
é a grande questão que trazemos para a Câmara. A Constituição Federal é bem
clara quando diz que a reabilitação, a habilitação e a integração social é
direito de todas as pessoas portadoras de deficiência, que tanto o Poder
Público Federal, Estadual ou Municipal têm que buscar meios para que, de fato,
estas garantias sejam alcançadas.
Elencamos
alguns artigos da Lei Orgânica Municipal. O Art. 147 diz que o Município deve
promover, nos termos da Constituição Federal, Estadual e Lei Orgânica o direito
à cidadania, à educação, saúde, e assistência aos desamparados.
Na
questão da saúde, o art. 157 diz: “A saúde é direito de todos e dever do poder
público, cabendo ao Município prover as condições indispensáveis para a sua
promoção, proteção e recuperação”.
Também
diz que o desenvolvimento de ações específicas de prevenção e manutenção dos
serviços públicos de atendimento especializado é gratuito para portadores de
deficiência.
Mais
adiante, no art. 173, diz que tem que haver criação de programas de promoção de
integração social, de acesso facilitado aos bens e serviços e à escola e
atendimento especializado para portadores de deficiência.
Portanto,
Srs. Presidente, de que adianta o poder público oferecer o serviço se o
beneficiário, a pessoa portadora de deficiência, não puder usufruir do
benefício, porque seus pais carentes, muitos desempregados, não possuem
condições de pagar a passagem de ônibus? E isso por falta de vinte e oito reais
mensais, que foi mais ou menos a nossa previsão de gastos, que uma mãe tem que
desembolsar quando estiver com o seu filho deficiente.
Nós
trazemos a esta Casa esta grave preocupação, como bem referiu a minha querida
amiga Rosa, nós sabemos que existem pais que levam seus filhos deficientes às
escolas e lá têm que ficar quatro, cinco horas esperando o término das aulas, o
término do atendimento, porque não há condições de pagar uma passagem de
ônibus.
Por isso, trouxemos esta preocupação e temos a plena certeza de que esta Casa,
no conjunto dos Srs. Vereadores, com a sensibilidade do Poder Público
Municipal, com a sensibilidade da SMT e EPTC, chegaremos a um denominador
comum, para que esses pais possam ter o direito de levar seus filhos à escola,
possam ter o direito de levar seus filhos a um assistente social ou a um
atendimento médico. E que possam, realmente, ter direito a sua plena integração
social, plena integração à vida.
Sr.
Presidente, também queremos entregar ao nosso Presidente da CUTHAB, que é a
Comissão responsável pelo assunto nesta Casa, para que possa ter uma
interferência junto à SMT para que possamos, de fato e de direito, garantir que
essas mães não tenham mais essa penúria, e que as crianças que tanto precisam
da nossa ajuda, de assistência e do direito à vida, possam contar com a
sensibilidade deste Poder na busca da sua plena integração à vida.
Queremos
agradecer a todos os pais, mães, deficientes e dirigentes de entidades que se
fazem presentes e que possamos chegar a um denominador que possa garantir os
anseios da sociedade. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra
nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, esta
intervenção da Bancada da Frente Liberal é no sentido de solidarizar-se com o
Ver. Paulo Brum, esse cruzadeiro da causa dos deficientes que, sensível à
realidade, não ficou omisso diante dos fatos novos que ocorrem, que por ele
foram relatados com muita eficiência, e que estão causando transtornos,
especialmente para as famílias dos deficientes, em função de regramentos novos
que foram estabelecidos nesse instituto, há mais tempo regulado por Lei no
Município de Porto Alegre e regulado de forma objetiva que permitiu, até então,
que as coisas ocorressem com tranqüilidade e naturalidade.
Esses
dois últimos decretos que surgem ocasionam essas confusões e esses transtornos.
Fazem
bem os familiares dos deficientes que aqui estão para ouvir a manifestação das
suas lideranças na Tribuna Popular, porque esta Câmara, que é uma caixa de
ressonância da vontade popular, não pode ficar omissa neste momento, nós
precisamos nos somar ao Ver. Paulo Brum. Eu estou somando todo o apoio que há
na Bancada do PFL para que façamos um esforço e coloquemos, como já colocou o
Presidente, todo o instrumental disponível na Câmara Municipal para que se
reverta essa situação e que a paz, a tranqüilidade e a serenidade possam voltar
para a família daqueles que, como bem acentuou V. Exa., por imposição constitucional
e, sobretudo, por um dever de solidariedade humana, nós sempre, em qualquer
condição, precisamos estar ao seu lado, solidários, fraternos e irmanados em
objetivos como esse.
Conte
conosco, Ver. Paulo Brum, e diga a sua comunidade que o PFL não faltará nesta
jornada. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Paulo Brum passou às nossas mãos
um documento encaminhado ao ilustre Ver. Antônio Losada, Presidente da CUTHAB.
O documento será encaminhado ao referido Vereador. No documento há o pedido de
que a Comissão presidida pelo ilustre Vereador solicite a interferência,
enquanto Comissão, da Secretaria Municipal dos Transportes, com referência à
denúncia formulada nesta Casa, pela Sra. Rosa Maria, em nome das escolas especiais,
dos pais, dos professores que estão, nesta tarde, conosco na Câmara Municipal.
O
Ver. João Carlos Nedel está com a palavra de acordo com o art. 206 do
Regimento.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Apelo à sensibilidade do Sr. Prefeito
Municipal para chegarmos a um denominador comum que atenda às reivindicações
dos pais, de crianças e de pessoas necessitadas de educação especial.
Segundo
informações que recebi dos empresários do transporte desta Capital, a
Prefeitura não paga nada por essas passagens distribuídas a essas pessoas
necessitadas e, por isso, a pressão dos empresários dos transportes. Isso
merece um estudo especial. Não podemos permitir que se faça esse atendimento às
custas somente dos empresários dos setores dos transportes. Acho que a Prefeitura
deve participar. Segundo mais informações, também a Prefeitura não deixa
colocar na planilha de custo essas passagens. Acho que a Câmara deve participar
de algum estudo conjunto para resolver essa questão, porque estas pessoas
necessitadas não podem ficar sem este atendimento. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Cláudio Sebenelo está com a
palavra para manifestar-se sobre o assunto abordado em Tribuna Popular,
conforme art. 206 do Regimento.
O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Senhor Presidente e Srs. Vereadores,
referente ao trabalho em relação aos pacientes especiais, parece-me que,
independente de quem quer que seja, a Lei tem que ser passada nesta Câmara, tem
que ser votada e aprovada pela unanimidade dos Vereadores. Não quero qualquer
discussão, seja pelos empresários, seja pela Prefeitura, porque diante dessa
insignificante importância econômica e da descomunal importância social, não há
discussão. Parece-me que a unanimidade desta Casa vai votar a favor do Projeto
do Ver. Paulo Brum.
E,
principalmente, dizer que a Prof. Rosa Maria Granja nos emocionou por todos os
motivos, mas principalmente por uma palavra, que é grande, mas tem um
sentimento imenso: “solidariedade”. (Palmas.)
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Senhor Presidente e Srs. Vereadores,
Sra. Rosa Maria Granja, suas palavras refletem muito o que a sociedade espera,
e aqui, como foi dito, é a casa do povo, é a Tribuna Popular. O que a Senhora
está fazendo é realmente mostrar o que pode ser feito por aqueles que clamam.
Temos a certeza de que esta Casa saberá retribuir, porque o que a Senhora pediu
nesta tarde é o que a sociedade acha justo. Em nome do Partido Socialista
Brasileiro também somos solidários. (Palmas.)
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Elói Guimarães está com a palavra,
pela Bancada do Partido Democrático Trabalhista, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Sra. Rosa Maria de
Oliveira Granja. Indiscutivelmente, há uma solidariedade à causa focalizada
pela Sra. Rosa Maria. Nós temos discutido esses assuntos do ponto de vista
técnico e chamo a atenção de que todo o custo do transporte passa para a tarifa
e a tarifa é paga pelo passageiro. Empresário não dá nada para esta ou aquela
instituição, mas vale colocar, Sr. Presidente, que, no passado não muito
distante, as APAEs tinham, de parte dos empresários do transporte coletivo, uma
determinada quota que passava por fora do cálculo tarifário. Então, é um
assunto importante que nós vamos discutir e a Casa terá que tomar uma decisão
política sobre o assunto.
Todas
as lideranças, este pessoal ligado aos portadores de diagnóstico especial, têm
a nossa solidariedade. Vamos fazer uma discussão, tentar restabelecer o que
havia no passado, fazer com que os empresários continuem dando o que davam,
para que este custo não passe por dentro da tarifa. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Está com a palavra o Ver. Lauro Hagemann,
em nome da Bancada do PPS, de acordo com o art. 206 do Regimento.
O SR. LAURO HAGEMANN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sra.
Rosa Maria de Oliveira Granja. Este é um momento de solidariedade e para uma
causa mais do que justa. Nós não podemos permitir que as nossas crianças
deficientes e suas mães fiquem ao desabrigo daquilo que outras categorias
sociais já detêm, que é o transporte gratuito. Bem disse o Ver. Elói Guimarães,
não são os empresários, não é a Prefeitura quem dá essas passagens, são os
passageiros pagantes que vão ter embutido, na sua tarifa, o preço dessa
isenção. Mas acho que isso é um dever de solidariedade de toda a sociedade
porto-alegrense para com esses deficientes, nossos coirmãos.
A
solidariedade do PPS e a promessa de que vamos nos empenhar para que também
esta categoria desassistida, necessitada, possa ser beneficiada com esse pouco
que a sociedade pode proporcionar e deve proporcionar. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: A Vera. Clênia Maranhão está com a
palavra para manifestar-se sobre o assunto abordado em Tribuna Popular, de
acordo com o art. 206 do Regimento.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, neste
momento, em nome da nossa Bancada, o PMDB, queremos expressar a nossa
solidariedade à luta que foi trazida a este Plenário pelo Ver. Paulo Brum,
assim também como respaldar as reivindicações da Sra. Rosa Maria e as
reivindicações de todos os pais, professores, dirigentes, alunos e a todas as
pessoas que se somam à causa do portadores de deficiência. Sabemos que todas as
conquistas na área da reabilitação, da reintegração das pessoas portadoras de
deficiência deste País, infelizmente, só acontecem com a mobilização, com a
pressão e com a luta das pessoas que são solidárias a essa causa. Foi assim na
Constituição Federal e tem sido assim ao longo da história da luta de todos
vocês, que têm que ser a luta de todos nós. Acredito que esta conquista, que já
era uma conquista da nossa Cidade, não pode ser prejudicada por uma visão
burocrática e pouco humanística do Executivo.
Penso
que nós, enquanto Parlamentares, enquanto Câmara Municipal de Porto Alegre,
temos mais do que a obrigação, o dever, temos o compromisso de apoiar esta
luta, de solicitar que sejamos os intermediários da reivindicação de todas as
pessoas que estão aqui para a garantia do passe para os acompanhantes das
pessoas portadoras de deficiência, porque a retirada desse passe inviabiliza o
atendimento, a atenção e, muitas vezes, o tratamento das pessoas que são
portadoras de deficiência, que são prejudicados, muitas vezes, de uma forma
irreversível, na sua reintegração.
Recebam
a solidariedade da Bancada do PMDB e seguramente de todos os Vereadores que
compõem este Legislativo. Muito obrigada.
(Não
revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Renato Guimarães está com a
palavra nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. RENATO GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda
os componentes da Mesa e demais presentes.) Gostaria de dizer que a Bancada do
Partido dos Trabalhadores se soma a este movimento. Desde o momento do
lançamento do decreto, já vínhamos fazendo um movimento junto ao gabinete do
Prefeito e junto à Secretaria Municipal dos Transportes para construir
alternativas ao debate que a Sra. Rosa Maria e o Ver. Paulo Brum trouxeram para
esta Casa no dia de hoje. Gostaríamos de reforçar, em parte, o que disse o Ver.
Elói Guimarães. Hoje, as isenções, no Município de Porto Alegre, somam 20% dos
cidadãos transportados. Nós achamos que a discussão tem que separar os
portadores de necessidades especiais e seus acompanhantes do conjunto das
isenções.
Eu,
na representação da Bancada do Partido dos Trabalhadores, estive na SMT; temos
a concordância do Secretário em fazermos um fórum aqui na Câmara de Vereadores
junto com a CUTHAB, com a coordenação de Direitos Humanos da Prefeitura, com a
SMED, com a FESC para debater a criação de um fundo municipal para subsidiar o
deslocamento dos portadores de necessidades especiais e seus acompanhantes,
discutindo com os empresários sobre os recursos que a Empresa de Transporte
Coletivo de Porto Alegre arrecada com as multas, para criarmos esse fundo.
Queremos
também que a Câmara de Vereadores avance no debate sobre o conjunto das
isenções em Porto Alegre, que todos os cidadãos acabam pagando.
Portanto,
nós, da Bancada do Partido dos Trabalhadores, nos solidarizamos, vamos
acompanhar a construção desse fórum e vamos resolver, com toda a certeza, o
problema dos portadores de necessidades especiais e seus acompanhantes. Muito
obrigado. (Palmas.)
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Informamos às escolas presentes que o
Ver. Antônio Losada acaba de receber das nossas mãos e do Ver. Paulo Brum o
Requerimento encaminhado à Comissão presidida por aquele nobre Vereador.
Ver.
Antônio Losada, que dará os encaminhamentos pertinentes ao documento.
O SR. ANTÔNIO LOSADA: Gostaria de registrar o recebimento do
Requerimento do Ver. Paulo Brum e colocar a Comissão de Urbanização, Transporte
e Habitação à disposição dos Vereadores, no sentido de buscar a solução desse
problema que está angustiando esta Casa. Muito obrigado.
O SR. JOSÉ VALDIR (Questão de Ordem): Pergunto à Mesa se é possível, além da
CUTHAB, a Comissão de Educação, da qual somos Presidente, também se integrar
nesse esforço? Colocamo-nos à disposição.
O SR. PRESIDENTE: Muito bem lembrado por V. Exa. É bom que
V. Exa. se some, mas, evidentemente, pela própria palavra do Presidente, nós,
como instituição, nos somamos ao que a nobre oradora formulou da tribuna. Sendo
assim, todas as Comissões estão inseridas na luta.
O
Ver. Elói Guimarães está com a palavra.
O SR. ELÓI GUIMARÃES (Questão de Ordem): Sr. Presidente, também de parte da
Comissão de Justiça, para haver um enfoque da questão da legalidade.
O SR. PRESIDENTE: Evidentemente que neste momento não se
vai estabelecer uma discussão política a respeito da questão se é A, B ou C o
responsável pela situação. Mas faremos um esforço conjunto dado o respeito que
temos pelo humanismo da situação, que faz com que esqueçamos situações de
qualquer cunho para nos debruçarmos na busca de uma solução plausível para a
situação, que é o que importa aos que aqui acorrem, nesta tarde.
Agradecemos
a todos pela presença, à Sra. Rosa Maria, que expressou o pensamento das
diversas escolas especiais, aos professores, pais, alunos e representantes que
lotam nossas galerias.
Trataremos
da questão com a seriedade com que sempre tratamos os assuntos pertinentes à
nossa Cidade, e, principalmente, à sociedade, em especial ao segmento mais
frágil. Levem a certeza de que esta Casa tratará o assunto com a maior
brevidade possível, com a devida urgência e seriedade. Obrigado a todos.
Srs.
Vereadores, temos, hoje, presenças ilustres, que são os atletas gaúchos que
receberam medalhas nos Jogos Pan-Americanos de 1999, no Canadá.
Chamamos,
para integrar à Mesa, os seguintes atletas: Daiane dos Santos que, na
ginástica, conseguiu a medalha de bronze por equipe, a medalha de bronze no
solo, e a medalha de prata no salto sobre o cavalo. (Palmas.)
(A
atleta faz a entrega de uma camiseta para o Presidente.)
O SR. PRESIDENTE: Agradeço o presente. Esta camiseta não é
para mim, mas para a Casa. Recebemos esta gentil oferta da nossa campeã e do Grêmio
Náutico União. Muito obrigado, Daiane, e ao União, que também está de parabéns
pela tua vitória.
Chamamos,
também, à Mesa, a Luciane Dambacher que, no atletismo, recebeu medalha de
bronze em salto em altura; Janaína Espíndola, da patinação, que recebeu medalha
de bronze no solo livre; chamamos, também, Flávio Fernandes e Alexandre
Paradeda, medalhas de prata na vela, classe snipe. Chamamos, finalmente,
Fabrício Romero, que foi o quarto colocado em salto em altura, no atletismo.
Quero
referir esta homenagem a esses atletas que honraram as nossas cores, as nossas
tradições, enfim, o nosso Estado, lá no Canadá, através de um trabalho que,
além do seu esforço pessoal, somou o de outras pessoas que fizeram por merecer
também a nossa homenagem, porque preparam os nossos atletas.
A
Daiane, da ginástica, tem como treinadora a Sra. Adriana Alves; está presente,
também, o Presidente da Federação Gaúcha de Ginástica, Antônio Augusto da
Fontoura; o treinador da Luciane, o Sr. José Haroldo Loureiro Gomes, o Arataka;
o representante da Federação Gaúcha de Atletismo, o Sr. Marcos Andrade; a
treinadora da Janaína, a Sra. Vera Striebel; o Presidente da Federação Gaúcha
de Patinação, o Sr. Adjandi Jorge Zanini; o treinador Boris Ostergren, do
Flávio Fernandes e do Alexandre Paradeda; também o Presidente da Federação
Gaúcha de Vela, o Sr. Pedro Szabo; também está conosco - já referi - o Arataka,
que é também treinador do Fabrício. Informo que a atleta Luciane Dambacher, com
a desclassificação do atleta que recebeu a medalha de ouro, passou à medalha de
prata em salto em altura.
Nós
saudamos o Sr. Décio Krohn, Presidente da Sogipa, particular amigo; Sr.
Ubiratan Fernandes, Presidente da Associação Amigos do Centro Estadual de
Treinamento Esportivo; Sr. Plínio Fracaro, Presidente do Grêmio Náutico União;
Sr. Astor Cassel, Vice-Presidente de Esportes da Sociedade Ginástica de Novo
Hamburgo; familiares, amigos e dirigentes de clubes presentes.
O
Ver. Carlos Alberto Garcia está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores,
prezados atletas, técnicos, dirigentes desportivos, amigos e familiares.
Registramos a presença dos dirigentes esportivos Sr. Jorge Farias e Sr. Evandro
Bier, do Grêmio Náutico União e do Sr. Eliseu Netto, técnico de ginástica.
Hoje, para nós, é um motivo de júbilo receber os atletas que tiveram uma
consagração nos últimos Jogos Pan-Americanos. Os senhores não podem imaginar o
que era a torcida do povo brasileiro pela televisão a cada salto, a cada
movimento, a cada gesto de vocês, parecia que todos nós estávamos competindo
juntos. O desporto tem um significado especial, para cada um de nós, que mesmo
não sendo atleta, vibra, porque esta é uma característica do esporte.
Eu
sempre digo que o desporto não tem partido político, não tem programa
partidário, mas o desporto tem atuação e é em cima disso que nós gostaríamos de
parabenizar cada um e cada uma.
Sabemos
o quanto vocês, ao longo desses anos, tiveram que se preparar para conseguir
essa glória. Também sabemos que o Pan-Americano já passou - pois quem é atleta
sabe, guarda muito bem na lembrança - mas o meu objetivo é outro, eu tenho a
certeza de que nos próximos jogos olímpicos cada um e cada uma estará presente,
e nós, mais uma vez, estaremos torcendo para que vocês, ao retornar, tragam
bons resultados, se não trouxerem medalhas.
Podem
ter a certeza de que vocês são paradigmas para outros jovens. Esse modelo que
vocês vivem é um modelo que muitos querem viver. E tenho a certeza de que cada
um de vocês, onde atua, depois desse retorno, verá que centenas de futuros
atletas estão começando uma nova modalidade, em função do que vocês realizaram.
Portanto, isso é motivo de orgulho.
O
Brasil é um País empobrecido, onde milhares e milhares de jovens não têm
condições de praticar esportes, e vocês chegaram lá. E é por isso que
aproveitamos este momento para postular que a questão das bolsas olímpicas, tão
decantada e esquecida, possa ser reformulada. Temos a certeza de que o Governo
do Estado fará esse empenho para que alguns atletas sejam beneficiados com esse
tipo de bolsa.
Para
finalizar, em nome do Partido Socialista Brasileiro, em meu nome e em nome do
Ver. Hélio Corbellini, gostaríamos de registrar que o Ver. João Bosco Vaz, que
não está presente, pediu-nos que, ao utilizarmos esta tribuna, também
falássemos em seu nome.
Jovens
atletas, mais uma vez a Cidade de Porto Alegre quer agradecer o que fizeram, o
que têm feito e o que farão. O sentimento, a alegria pelo que vocês fizeram,
podem ter certeza, ficará sempre guardada na nossa retina. A atuação de vocês
serve e servirá de modelo para muitos e muitos atletas. Esperamos que cada dia
mais o Rio Grande do Sul possa levar o nome do nosso Estado, o nome do nosso
País a muitas e muitas fronteiras.
Parabéns
a todos, técnicos, atletas, dirigentes, porque o esforço de cada um é o que nos
faz hoje, nesta tarde, agraciá-los. Parabéns a todos.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Juarez Pinheiro): Para uma Comunicação de Líder pelo PSDB
tem a palavra o Ver. Cláudio Sebenelo.
O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, atletas,
técnicos, dirigentes aqui homenageados.
A
televisão deixa o mundo pequeno. Hoje conhecemos a Daiane. O Alexandre Paradeda
eu já o conhecia pelo corte de cabelo. Vi um programa na TV-Pampa, antes da
competição, em que ele fez um programa brilhante, pela mensagem que trouxe aos
outros jovens e pelo relato do seu dia, como atleta, e do seu esforço. Conheço
a Luciane Dambacher, torci por ela loucamente.
É
muito fácil os políticos virem aqui fazer um discurso sobre esporte, dizer que
tem que ter esporte para todos com facilidade. Na verdade o esporte é feito
apenas pela sociedade organizada, pelos grandes clubes e a população em geral
não tem acesso ao esporte. Eu acho que o esporte deve ser popularizado, como
saúde, como qualidade de vida, mas principalmente como integração social.
Gostaria
muito que os órgãos de comunicação prestigiassem e divulgassem, também, as
competições municipais, as competições estaduais, as competições nacionais,
porque na verdade a grande mobilização é feita através dos meios de comunicação
eletrônica quando há as olimpíadas, quando há os jogos pan-americanos, quando
há jogos de importância internacional. Na verdade, este é o País do futebol; eu
sou um apaixonado por futebol, sou conselheiro do Sport Club Internacional,
penso, como, bebo e durmo futebol. Estou descobrindo, agora, o tênis, a
natação, o salto em altura, o salto em distância, o salto triplo, o decatlo, o
triatleta, o triatlo, que são modalidades esportivas maravilhosas,
especialmente porque elas não poluem. Principalmente no iatismo, nós temos
figuras históricas como a família Paradeda,
como a família Boris Ostergren,
nosso técnico, como o nosso treinador Arataka, que há tantos anos lutam,
anonimamente, nos esportes que agora chegam às televisões e chegam a um
destaque no cenário mundial. Nas próximas olimpíadas vocês serão,
indiscutivelmente, pessoas conhecidas nossas e nós passaremos pelas ruas de
Porto Alegre e do Rio Grande do Sul e certamente os cumprimentaremos e vocês
serão super festejados.
Daiane,
mesmo enfrentando tantas dificuldades, inclusive cortes públicos de verbas que
tão pressurosamente são prometidas aos atletas e na hora elas são cortadas,
mesmo assim vencestes pela força, pela energia que tens dentro de ti, e pela
força de uma coisa, acima de todas, chamada esporte.
Esta humanidade que hoje
se caracteriza pela violência, tem um espetáculo magnífico na televisão, no
mundo inteiro, mostrando o que é possível fazer através do esporte. O esporte
que desarma as pessoas; o esporte, que aproxima os seres humanos; o esporte,
que é competição, mas é saudável e, principalmente, confere saúde à pessoa que
o pratica. Que todos tenham acesso ao esporte, pois ele possibilita tantas coisas
como a saúde, mas principalmente uma integração mundial, uma solidariedade como
nós vimos, uma amizade e um respeito internacional. Por isso, acima de tudo, o
esporte é a prática do amor. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. ISAAC AINHORN (Requerimento): Eu solicito que o eminente Vereador
Reginaldo Pujol fale também, nesta homenagem, em nome da Bancada do PDT.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, com
muita satisfação eu quero informar que o Líder da Bancada do PPB, Vereador João
Dib, pediu-me que eu falasse também em nome da sua Bancada, que é integrada
pelos Vereadores Pedro Américo Leal, um dos melhores tribunos da Casa, e João
Carlos Nedel. Sinto-me honrado que também a Bancada do Partido Democrático
Trabalhista, liderada pelo Vereador Isaac Ainhorn, a Bancada do Partido Popular
Socialista, liderada pelo nosso decano Vereador Lauro Hagemann, e a Bancada do
Partido Trabalhista Brasileiro me transferem esta incumbência, o que me deixa
responsabilizado, mas muito satisfeito. Todos eles sabem que eu venho à tribuna
em nome do PFL, que eu represento nesta Casa com o Vereador Gilberto Batista,
porque sou um entusiasta do desporto. E estou até agora vibrando com os feitos
que os nossos jovens atletas realizaram lá longe, no Canadá.
Eu
quero, de coração, cumprimentar essa querida figura que mesmo com seu tamanho
pequeno, virava grande na televisão, a Daiane, que na ginástica, que é um
desporto no qual o Brasil não firmou tradição ainda, teve tantas glórias,
tantos resultados positivos e que a transformou na menina mais querida do
Brasil, nos dias de hoje. Daiane, quando chegastes aqui, te cobrei um beijo e
vou contar aos meus filhos, hoje, que recebi um beijo teu, eles vão ficar
cheios de ciúmes. Tu mereces um milhão de beijos de parte de todos nós, até
porque na tua juventude, vais servir de inspiração para muitos jovens por este
Brasil afora. As pessoas podem, pela dedicação, conseguir sucesso e, sobretudo,
formação pessoal. Tu vai-nos dar muitas glórias ainda, porque eu sei que tu não
vais parar por ai. Vamos chegar até os jogos olímpicos e vamos manter a nossa
participação vitoriosa. Um beijo para ti Daiane!
E
aos demais integrantes: à Luciane Dambacher, que tão bem se apresentou nas
provas atléticas e que, orgulhosamente, está ainda com a medalha de bronze e
que vai-se transformar em prata, porque, com justiça, ela se credenciou a essa
premiação; à Janaína Espíndola, que merece um registro muito especial, é quase
incrível, mas o Brasil foi premiado na patinação, pela sua participação
extremamente competente, que a qualificou a receber, muito justamente, a
medalha de bronze no solo livre, alegrando a sua treinadora, Vera Striebel, e
fazendo muito feliz o Presidente da Federação Gaúcha de Patinação, Adjandi
Jorge Zanini, a quem também quero prestar esta homenagem.
Reservei,
para o final, uma referência ao Flávio Fernandes e ao Alexandre Paradeda. O
Alexandre é muito inteligente, tão inteligente que, para impressionar àqueles
gringos todos, sabia que teria que estar com um visual bonito, e, por isso,
raspou a cabeça, ficou careca como eu e está aí, feliz, com a medalha no peito.
O Alexandre Paradeda descende de uma família a quem eu me vinculo; o seu tio,
Luiz Felipe, é um grande amigo meu. Fiquei muito feliz em te ver vitorioso,
Alexandre, juntamente com teu companheiro de jornada, Flávio Fernandes,
trazendo para nós, na Classe Snipe, a medalha de prata, nesse esporte em que o
Brasil está firmando tradição. Tanto que, nas nove regatas que ocorreram, em
todas elas nós conseguimos medalhas.
Eu
sei que por muito pouco não chegamos no ouro, mas chegamos lá.
Tu
és muito jovem ainda, na próxima competição, certamente, tu vais chegar ao sucesso,
junto ao nosso companheiro de jornada, o Flávio Fernandes.
Vamos
em frente, com mais uma vitória brasileira.
Eu
não podia deixar de fazer uma menção ao Fabrício Romero, que está aqui conosco,
que não “medalhou”, mas conseguiu um resultado muito expressivo.
Não
é só com a medalha no peito que mostramos a competência e, sobretudo, o
sucesso. Tu estivesses ali pertinho, muito próximo.
Então,
Fabrício, quero-te apresentar o meu abraço sincero, cumprimentar a figura do
Arataka pelos bons resultados que o iatismo teve, que o atletismo também
conseguiu, através da obtenção de várias medalhas de ouro.
Eu
concluo, Sr. Presidente, pesaroso de não poder ter um pouco mais de tempo para
cantar mais os feitos desses rapazes, dessas moças e dessa menina, que nos encheram
de alegria.
A
Casa do Povo de Porto Alegre e todas as Bancadas a que me referi ficam muito
felizes em recebê-los hoje aqui.
Voltem
sempre, com medalhas ou sem medalhas, mas sempre com essa cara limpa de quem
pratica o esporte, de quem busca a competição e de quem sabe suportar tão
airosamente defendendo as cores do Brasil e do Rio Grande. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Antes de passarmos a palavra à atleta
Daiane dos Santos que, em nome dos demais atletas, fará uma intervenção
agradecendo por esta homenagem, queremos dizer que vários Vereadores, cito o
Ver. Luiz Braz, solicitaram a possibilidade de, em nome dos seus Partidos,
fazerem uma manifestação no sentido de cumprimentar esses brilhantes atletas.
Acreditamos
que estamos sendo representados pelos Vereadores que estão usando o tempo de
Liderança e falando em nome da Câmara de Vereadores. Queremos relembrar que
neste Pan-Americano, o Brasil se encontra em quarto lugar em número de
medalhas, superando, por larga margem, a Argentina, que está colocada depois de
Estados Unidos, Cuba e Canadá pelo número de medalhas de ouro. Mas, não há
dúvida nenhuma de que a equipe brasileira está tendo uma excelente
“performance”, e também nos esportes coletivos, como o vôlei, em que, depois de
sete anos, conseguiu derrotar Cuba, conquistando a medalha de ouro.
O SR. ELÓI GUIMARÃES (Questão de Ordem): Sr. Presidente, o PDT se manifestou com
relação a esta homenagem?
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Isaac Ainhorn solicitou que o Ver.
Reginaldo Pujol falasse também em nome da Bancada do PDT.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Estou grato por sua informação, Sr.
Presidente.
O SR. PRESIDENTE: Neste momento, nós temos a honra de
convidar a atleta Daiane dos Santos, que conquistou medalha de bronze na
ginástica por equipe, medalha de bronze na ginástica solo e medalha de prata no
salto sobre cavalo, para proferir a sua mensagem em nome de todos os atletas.
A SRA. DAIANE DOS SANTOS: Em primeiro lugar, boa-tarde a todos os
Vereadores, Vereadoras, aos colegas atletas que aqui estão e aos demais
presentes.
Eu
quero agradecer à Câmara de Vereadores por esta homenagem aos atletas que
participaram dos Jogos Pan-Americanos no Canadá, e quero falar para todos que
tomara que isso que a gente fez sirva de exemplo para todos os jovens, para
todas as pessoas que fazem esporte.
Quero
agradecer a todos os clubes que ajudaram os seus esportistas a chegarem até os
Jogos Pan-Americanos. Foi muito difícil para todos nós. A vida de atleta, todos
sabem, não é fácil, mas tem as suas recompensas, e uma das recompensas é chegar
lá e representar o Brasil tão bem como nós fizemos.
Eu
também queria falar sobre a questão do patrocínio, que é muito difícil de
conseguir, não só para a ginástica mas para todos os esportes. Eu queria que o
pessoal olhasse um pouco mais para esse lado do esporte também. Era isso que eu
queria falar. Muito obrigada.
(Não
revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE: Todos notaram que a Daiane, além de ser
uma exímia ginasta, dedicada ao esporte que abraçou, também é bem articulada na
sua intervenção.
Concedemos
a palavra ao Sr. Alexandre Paradeda, que conseguiu a medalha de prata, na
Classe Snipe, que falará também em nome de seus colegas atletas.
O SR. ALEXANDRE PARADEDA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, demais assistentes.
Eu não ia falar, não estava no programa, mas aproveito este momento para contar
uma história: em 1997 quando eu estava parando de velejar, eu estava encerrando
a carreira profissional, eu não tinha apoio, não tinha como prosseguir, o
Governo do Estado da gestão de Antônio Britto conseguiu manter-me e mais outros
atletas velejando com o apoio de bolsas olímpicas.
Sem
dúvida, a minha carreira teria encerrado, assim como a de outros atletas.
Depois disso, tive a facilidade de poder velejar e não me preocupar com outras
coisas, os resultados apareceram e com isso o patrocínio que faz com que, hoje,
eu continue navegando junto com o Flávio. Outros atletas não tiveram a mesma
sorte, não conseguiram patrocínio e tiveram que encerrar a sua carreira, quando
o Governo cortou as bolsas olímpicas.
Acho
que o Governo está correto em querer trazer o pessoal de baixo, que não tem
acesso ao esporte, para dentro do esporte e dessa vida saudável, mas não pode
esquecer os atletas de elite que têm a chance de trazer as medalhas para o
Estado e a chance de mostrar que o Rio Grande do Sul trabalha forte na hora em
que aparece a mídia, no Pan-Americano, nas Olimpíadas ou nos mundiais. Não vejo
como os atletas que perderam as suas oportunidades por causa do corte, ficaram
sem o apoio, sem a chance de neste momento decisivo da vida deles, de aparecer
para o mundo, de ter o patrocínio, terem a sua chance cortada. Eu e o Flávio
conseguimos velejar, mesmo sem o apoio, mas muitos atletas não podem fazê-lo.
Se isso for retomado, no próximo Pan-Americano, nas Olimpíadas podemos
festejar, não somente cinco atletas, mas o dobro. Sou muito agradecido ao
Arataka e ao Governo anterior por ter-me dado a oportunidade de estar agora com
uma medalha no peito. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. ADELI SELL (Requerimento): Sr. Presidente, eu queria requerer à
Mesa para que a cópia das manifestações de todos os Vereadores e dos atletas
Daiane e Alexandre fosse remetida para as seguintes Instituições: Departamento
Estadual de Esportes, vinculado à Secretaria de Educação; à Secretaria
Municipal de Esportes de Porto Alegre e ao Ministério do Esporte e Turismo, ao
Ministro Greca, no seu conteúdo total, já que temos as notas taquigráficas.
Assim todas as autoridades ficarão sabendo do que aqui se tratou. Isso será uma
contribuição que esta Câmara estará dando ao esporte no Estado e no Município.
O SR. PRESIDENTE: Neste momento, honrados com a presença
desses destacados atletas, convidamos os Vereadores que desejarem, e às
lideranças para que, junto com os presidentes de clubes, com os presidentes das
respectivas federações, registremos este momento magnífico para esses atletas,
pela iniciativa do Ver. Carlos Alberto Garcia, e também para esta Câmara de
Vereadores, já que nós representamos toda a população de Porto Alegre, através
de uma fotografia. Nada mais justo que, de forma indelével, registrarmos essa
consagração que a Cidade faz a estes atletas que tão bem representaram o
Brasil, o Rio Grande do Sul e Porto Alegre.
Estão
suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 15h25min.)
O SR. PRESIDENTE (às 15h31min): Estão reabertos os trabalhos.
Senhoras
e Senhores Vereadores, hoje é o primeiro dia em que a alteração do Regimento
relativo ao Período das Comunicações é colocado em prática. O Regimento diz que
quando adentrarmos no período das Comunicações, os Vereadores poderão fazer a
sua inscrição. Nós ainda não adentramos no período das Comunicações, por esse
motivo estou impedido, regimentalmente, de liberar o livro de Pauta.
O
Ver. Pedro Américo Leal está com a palavra em Comunicação de Líder.
O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Exmo. Sr. Presidente, e Srs. Vereadores, eu abordo, agora, um assunto,
um tema muito importante. Em encaminhamento a esta Casa, os Vereadores do PT,
nominados neste mesmo encaminhamento de representação contra o Ver. Luiz Braz,
fizeram um chamamento para que a Mesa cuidasse da ética parlamentar e se
estribaram em algo importante para o parlamentar. O Ver. Luiz Braz pediu-me que
não viesse a esta tribuna, mas eu disse a ele que não deixaria de falar, porque
nunca me calei diante de uma ameaça, e nós estamos sendo ameaçados.
Esta
tribuna é invulnerável. Evidentemente, que não posso proferir palavrões ou
dizer coisas descabidas. Esta tribuna eu conquistei e posso dizer aquilo que
quiser, não podendo haver ameaça de Bancada ou de Parlamentar. Isso é tão
importante que eu temia, em minha vida política, que o Código de Ética
Parlamentar pudesse ameaçar as liberdades que possui um Deputado, um Senador,
seja ele do âmbito Estadual, Federal, ou Vereador. Vejo que há uma certa razão,
porque o Código de Ética Parlamentar, hoje em dia está ameaçando a
inviolabilidade do uso da tribuna, o que não pode ocorrer.
Aqui
está o Regimento, a Lei Orgânica e o Código de Ética Parlamentar que entram em
conflito, porque o PT exorbitou, quando solicitou que um orador se contivesse e
não falasse na tribuna. O PT deseja conter os oradores de tribuna e com isso
ameaça a democracia. Isso não acontece comigo, e vou dar-lhe uma prova: era Deputado,
e o Deputado César Schirmer foi à tribuna, e depois de dois Deputados cassados,
disse tudo aquilo que havia provocado a cassação. Eu que era amigo dele, mandei
tirar o texto das notas taquigráficas, e na sua presença, Ver. Juarez Pinheiro,
que deve saber, eu substitui tudo, sob o olhar complacente dele, e restituí às
taquígrafas o depoimento. O Regimento e o Código de Ética Parlamentar nada têm
a ver com isso. Ele seria cassado pelo AI-5, o que impedi. Não posso ver esta
ameaça pairar sobre esse Plenário. Se quiserem me conter eu vou-me embora. Aqui
não fico. Essa Casa não me merece. Não quero ser Vereador, nem quero ser coisa
alguma mais. No declínio da minha vida política não posso assistir a esta
barbaridade. Não sei como a Mesa acolheu esse pedido. O que foi que fez a Mesa?
Acolheu o pedido para que se contivesse um Vereador de dizer o que disse. E o
que ele disse? Vou repetir para o Plenário o que disse o Vereador sobre o
Prefeito que eu defendi aqui sempre. Sempre defendi o Prefeito nas suas viagens.
Disse o Vereador: “O Sr. Prefeito pode - pode - ir comprar as suas coisinhas lá
fora, trazer os seus badulaques para os companheiros do PT, porque os
companheiros do PT têm tudo”. Isso é motivo?
(Tumulto
no Plenário.)
O SR. PRESIDENTE: Ver. Pedro Américo Leal, o tempo de V.
Exa. está esgotado.
O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Meus Senhores, acordem! V. Exas. estão
contribuindo para a contenção da palavra na tribuna.
O SR. PRESIDENTE: Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 15h39min.)
O SR. PRESIDENTE (às 15h40min):
Estão reabertos os trabalhos. Solicitamos ao Ver. Pedro Américo Leal para que
conclua a sua intervenção.
O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Estou decepcionado. Nunca pensei que esta
Casa ...
O SR. PRESIDENTE: Dei a palavra para V. Exa. concluir,
nobre Vereador. O tempo de V. Exa. já se esgotou.
O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: V. Exa. dá tempo para todos, também tenho
direito. Mas, para terminar, estou decepcionado. Nunca pensei que nesta Casa
Vereadores pediriam a contenção da palavra na tribuna, e a Mesa acolhesse isso.
Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Passamos às
COMUNICAÇÕES
O SR. GUILHERME BARBOSA (Questão de
Ordem): Assim que saímos
do espaço da Tribuna Popular, entramos imediatamente do período de Comunicações.
A questão da Liderança pode ser a qualquer momento, inclusive separando as
manifestações dos Vereadores no próprio tempo de Comunicações. Portanto, salvo
melhor juízo e consultando V. Exa., automaticamente, ao sairmos da Tribuna
Popular, entramos no período de Comunicações, abrindo o livro. Não se pode
esperar se, por acaso, houver alguma manifestação de Liderança.
O SR. PRESIDENTE: Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras,
entre todas as modificações constantes na última Resolução, cujo Relator foi o
Ver. Pedro Américo Leal, destaco duas que geram algumas polêmicas: a primeira
delas, não abordada agora pelo Ver. Guilherme Barbosa, é relativa à questão do
tempo para os pareceres nas Comissões. O que dispõe o novo Regimento é que os
Vereadores terão seis dias para proferir seus pareceres, prorrogáveis por mais
seis. No caso de o Parecer não ser emitido, a Comissão tem a cogência, a
obrigatoriedade de mandar a seguinte Comissão, mesmo que não haja pareceres. Há
uma controvérsia se é a votação ou a emissão do Parecer. Já consultei a
Diretoria Legislativa, e há um entendimento de que o que o Regimento diz é que
o tempo para a expedição do Parecer no sentido de que ele seja entregue à
Comissão. Se aquele Parecer vai ser ou não votado é uma outra situação. Esse é
um entendimento claro de que um artigo gera alguma dificuldade na sua
interpretação.
Outro
artigo que possibilita interpretações diversas é o abordado pelo Líder da
Bancada do PT, o Ver. Guilherme Barbosa. O dispositivo colocado em Questão de
Ordem, é o artigo 180, inciso II. Nas segundas-feiras, a inscrição no período
das Comunicações é de acordo com a ordem alfabética, proporcional às Bancadas.
Quanto a isso nenhuma controvérsia, porque essa é uma regra lógica. Nas
quartas-feiras, há necessidade da inscrição dos Srs. Vereadores e das Sras.
Vereadoras. E o que dispõe o inciso II é o seguinte: às quartas-feiras, pelo
interessado à inscrição, em livro próprio, logo após a abertura deste período
da Sessão por comunicação da Mesa. Então, a interpretação me parece tranqüila,
de que apenas quando a Mesa abre o período das Comunicações a inscrição pode
ser feita. Esta é a minha interpretação e se a interpretação dos Vereadores não
for a que eu estou dando, há possibilidade regimental de fazer o devido recurso.
Enquanto eu presidir os trabalhos, tenho esta interpretação e será esta,
inclusive com aceno de cabeça do Ver. Pedro Américo Leal, que eu darei nas
Sessões.
Antes
de voltar a palavra ao Ver. Guilherme Barbosa, quero dizer que o Ver. Pedro
Américo Leal, que é o Relator da matéria, da sua tribuna, me acena, dizendo que
é perfeita a minha interpretação.
O SR. GUILHERME BARBOSA: Sr. Presidente, pela última vez, para não
ficar dialogando com V. Exa., até aí há uma concordância, acho que é unanime. A
questão é a seguinte: quando o Vereador Presidente, que está presidindo a
Sessão, abre o período de Comunicações? Esta é a questão que se estabelece.
O SR. PRESIDENTE: Terminado o período da Tribuna Popular, o
Vereador que estiver na Presidência deverá consultar ao Plenário se há alguma
manifestação de Comunicação de Liderança ou nem precisa consultar. Feita a
comunicação pela Mesa, inicia-se o período, mesmo que aí haja uma Comunicação
de Liderança, é possível a inscrição. Esta é a interpretação. Então, a partir do
momento em que a Mesa comunica que está aberto o período das Comunicações, é
possível que os Srs. Vereadores e as Sras. Vereadoras façam as suas inscrições.
Por óbvio, nenhuma regra jurídica pode levar ao absurdo, porque isso é da
lógica de interpretação do próprio Direito. Não vamos expor os Vereadores a
ficarem aqui aguardando. Agora, há uma cogência de que seja declarado aberto o
período das Comunicações.
O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: V. Exa. está certo, V. Exa. está
absolutamente dentro do Regimento e eu até me agilizei, não deixei V. Exa.
terminar e lhe interrompi, com pouca educação parlamentar, porque eu ouvi que
poderia se dar um problema de interpretação.
O SR. PRESIDENTE: Obrigado, Ver. Pedro Américo Leal.
O SR. JOÃO DIB (Questão de Ordem): Sr. Presidente, devo dizer a V. Exas. que
o Regimento é claro, preciso e conciso. O art. 147 diz: “O primeiro momento é a
Tribuna Popular” - depois da verificação de quórum, é claro - “a seguir as
Comunicações e a Comunicação de Líder pode ser feita no período das
Comunicações, pode ser feita logo após e pode ser feita também no Grande
Expediente, só não pode ser feita na Ordem do Dia”. Portanto, no momento em que
terminou a Tribuna Popular entrou o período das Comunicações.
O SR. PRESIDENTE: V. Exa. tem razão, mas no que tange à
interpretação global da discussão, sua interpretação é parcial, porque o art.
147 diz que “logo após a abertura desse período da Sessão por comunicação da
Mesa”. Quer dizer, terminado o período da Tribuna Popular, comunicada a abertura
do período, independentemente, se há inscrição de Liderança ou não, as
inscrições podem ser feitas. A regra proposta, se não me engano, pelo
Presidente Nereu D’Ávila, é para evitar que os Vereadores que chegassem em
primeiro lugar, de pronto, fizessem as inscrições em todos os períodos da
Sessão. Esse foi o mérito da proposta e foi essa a interpretação já colocada
pelo Ver. Pedro Américo Leal.
O SR. ELÓI GUIMARÃES (Questão de Ordem): Quero secundar o Ver. Guilherme Barbosa
em uma Questão de Ordem a V. Exa. e dizer que é natural que essas coisas
aconteçam quando uma norma passa a entrar em vigor. Nesse sentido a Questão de
Ordem é para colaborar no encaminhamento das questões que vão estabelecer
diretrizes no nosso trabalho, que são fundamentais. Entendo que a Mesa, o
Presidente que dirige os trabalhos procede diante das fases da Sessão, a
primeira fase da Sessão: Tribuna Popular, comparecimento de autoridades, etc.
No segundo momento, entendo, fazendo uma interpretação ao art. 147, que se abre
o período das Comunicações, porque a Liderança, já está firmado esse
entendimento, não está em horários preestabelecidos, em Sessões
preestabelecidas. Apelo a V. Exa. para que logo após essa preliminar, Tribuna
Popular, o Presidente abra nesse sentido.
O SR. PRESIDENTE: Aceita a ponderação de V. Exa. e não há
nenhuma contradição no que diz V. Exa. e o que diz o Ver. Pedro Américo Leal,
que foi o relator, e nem este Presidente, que agora faz a interpretação da
regra. A colocação de V. Exa. é pertinente.
Terminado
o período da Tribuna Popular, há necessidade, pelo inciso II do art. 147, que
haja declaração.
Quero
dizer a V. Exa. que quem preside momentaneamente a Mesa precisa apegar-se a
esses dispositivos, que são votados pelos próprios Vereadores, para que, global
e estruturalmente, as nossas Sessões tenham o devido encaminhamento.
O
Ver. Luiz Braz está com a palavra no período de Comunicações.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Sras. e Srs. Vereadores.
Em primeiro lugar, eu agradeço ao Ver. Pedro Américo Leal pelo pronunciamento
que fez desta tribuna.
Hoje
eu tinha a obrigação de vir a esta tribuna para explicar uma notícia que saiu
no jornal Correio do Povo, hoje, que manipula informações e que não está
correto, no momento de informar em que diz que este Vereador retirava o seu
pronunciamento. Em momento algum eu disse para aquele Jornal ou para qualquer
pessoa que eu retiraria o meu pronunciamento.
O
meu pronunciamento se prende a um questionamento que todos nós temos que fazer
e que não me foi respondido: onde estão vinte e dois milhões de reais que nós
aprovamos no Orçamento de 1997 para 1998, para que o DEMHAB pudesse construir
casas? Aí vem, realmente, uma maldade para com este Vereador, porque, na
seqüência, eu dizia que - não querendo acusar a Bancada Petista desta Casa - se
os vinte e dois milhões de reais não estão nas casas do DEMHAB, - fiz uma
pergunta - estariam esses vinte e dois milhões de reais em campanhas de
candidatos Petistas? Mas eu não quis acusar, em momento nenhum passou pela
minha cabeça acusar a Bancada Petista. Só que os Vereadores Petistas, acredito
que numa tentativa de desviar o eixo da discussão, abriram uma discussão
paralela nesta Casa, dizendo que eram acusados de terem utilizado aqueles vinte
e dois milhões de reais. Eu não acusei ninguém. E essa intenção, essa ofensa
pessoal, disse para o Líder do PT na Casa - o Ver. Guilherme Barbosa -, retiro
qualquer ofensa pessoal que possa ter cometido, porque não quis cometê-la. O
que eu quis foi fazer o questionamento, naquela ocasião, dos vinte e dois
milhões de reais.
E
quando falava, na outra Comissão que foi aberta pelo Prefeito Municipal contra
este Vereador, no meu encaminhamento, quando votávamos aqui o Projeto de
Decreto Legislativo que autorizava o Prefeito Raul Pont a viajar para o Chile, que
o texto daquele Projeto de Decreto Legislativo que dizia “com ônus parcial para
o Município” daria a oportunidade para que o Sr. Prefeito Municipal fosse e
fizesse outros gastos, como por exemplo badulaques que poderia trazer para os
companheiros Petistas, se isso foi tido como ofensa pessoal, eu não quero
caminhar por esse terreno. Eu apenas disse isso, Ver. Pedro Américo Leal, para
poder justificar que era contrário àquele tipo de Projeto de Decreto
Legislativo porque penso que ali deveria estar contida a informação da
quantidade de diárias que ele iria utilizar, ou se iria utilizar as passagens;
mas se não constar a quantidade de diárias e se o texto for aquele que nós
aprovamos, contra o meu voto, “ônus parcial para o Município”, daria a
oportunidade para qualquer tipo de gasto para aquele que estava viajando, na
ocasião, o Sr. Prefeito Municipal.
Foram
as duas frases, Vereador, pinçadas de dois pronunciamentos que fiz nesta Casa,
que deram origem a essas duas ações - uma por parte da Bancada do PT e a outra
por parte do Sr. Prefeito Municipal.
Srs.
Vereadores, respeito os Srs. Vereadores em qualquer decisão que possam tomar,
jamais vou solicitar a qualquer dos Vereadores desta Casa que não faça uma
comissão para apurar o que quer que seja, jamais vou pedir a qualquer Vereador
desta Casa que não me puna por esse ou por aquele motivo. Só quero que as
punições sejam aplicadas pelas falhas que forem cometidas e não por pensamentos
que possam ser tirados, por ilações que possam ser tiradas dos pronunciamentos
que forem feitos aqui desta tribuna. Dezessete anos de Casa, e, pela primeira
vez vejo uma ação desse tipo tentando calar um Vereador de oposição. Muito
obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Nereu D’Ávila): O Ver. João Dib está com a palavra em
Comunicações.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, não
sou Vereador muito agressivo, mas sou Vereador de boa memória. Algum tempo
atrás fiz um pronunciamento, nesta tribuna, e um Secretário entendeu que eu o
havia chamado de burro. Voltei à tribuna, depois de receber uma carta ofensiva
do Secretário, - depois, ele continuou meu amigo e até foi ao meu gabinete - e
disse que não havia chamado ninguém de burro e nem havia usado a expressão, eu,
apenas, provavelmente, tivesse atirado um par de orelhas de burro e ele correu
e deixou cair na sua cabeça, e, aí, ele ficou meu amigo.
Agora,
ouvia o Ver. Pedro Américo Leal fazendo seu pronunciamento, falando da sua
preocupação com a democracia da tribuna, e a Bancada do PT ficou toda excitada,
dizendo que o Ver. Luiz Braz havia chamado, a eles, de ladrões.
Bem,
ouvi o pronunciamento do Ver. Luiz Braz e não ouvi a palavra, mas quem sabe o
Vereador atirou um par de orelhas por aí e caiu na cabeça de alguém.
Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, para que se faça um pedido de Comissão de Ética é
preciso analisar sob uma óptica da simplicidade, sob a óptica da correção. Tem
que ter autoridade para que se peça uma Comissão de Ética. Tem que ter
autoridade. Já ouvi desta tribuna, e vi nesta tribuna expressões que eu não
tenho a pretensão de ser tolo, como foi o Prefeito, que repetiu - sobre o
Orçamento Participativo - dizendo para agredir os Vereadores. Eu não sou tolo,
portanto, eu não vou repetir as expressões que o PT usou desta tribuna contra o
Governador Antônio Britto, e contra ao Presidente da República, Presidente de
todos os brasileiros, Governador de todos os rio-grandenses. Eu não vou
repetir, e não foi pedido de Comissão de Ética porque disse o Ver. Pedro
Américo Leal muito certo: tribuna: a Lei Orgânica diz que o Vereador tem
imunidade sobre o que fala. Mas é preciso ter autoridade moral.
Eu
pedi um dia uma Moção de Repúdio a uma Declaração da Deputada Luciana Genro,
que dizia que a maioria dos Vereadores era corrupta. O PT obstaculizou de todas
as maneiras e exigiu que se degravassem fitas, que trouxessem as fitas gravadas
para que pudessem votar contra. Mas a maioria da Câmara é exatamente a Bancada
Petista: todos votaram contra. S. Exa. o Senhor Prefeito melindrou-se. Ele
poderia comprar uma melindrosa. Se o Ver. Luiz Braz dissesse “poderá comprar
uma melindrosa para a rainha do PT”, não haveria ofensa nenhuma, ele esqueceu
que me agrediu duas vezes. Quando eu era Prefeito, ele me fez uma agressão -
ele era candidato a Prefeito -,e eu queria processá-lo. E aí me disseram: “Ele
não poderá ser candidato”. Então, seja candidato. Deixei, não processei. Quando
ele era candidato a vice-prefeito ele agrediu este Vereador e ao Ver. Isaac
Ainhorn: nós ingressamos em juízo. E S.Exa., que agrediu textual, claramente e
burramente, vamos dizer agora, se ele quiser dizer que não foi burramente, que
eu tenho que me apresentar à Comissão de Ética, lá vou eu também, não há
problema nenhum. Agrediu dois Vereadores até por falta de competência, por
falta de raciocínio, não tinha como fazer a agressão que fez, mas fez. Aí
entramos em juízo contra S. Exa., e ele, que não era mais Deputado Federal,
alegou imunidade “para lamentar”, não era parlamentar, era “para lamentar”, era
vergonhoso um gaúcho se escondendo na saia larga da imunidade parlamentar,
quando ele não era Deputado quando falou, quando foi processado. Ele era
licenciado, ele estava disputando uma eleição licenciado, estava disputando uma
eleição, tola e burramente agrediu dois Vereadores.
Eu
não vinha, nesse momento, falar da Comissão de Ética, porque a minha ótica é
outra, eu queria falar do orçamento, onde o Prefeito está arrecadando muito e
quer cobrar mais impostos. A colocação do Ver. Pedro Américo Leal, seguida pela
colocação do Ver. Luiz Braz, fez-me vir a esta tribuna dizer que, na realidade,
a tribuna é livre e ninguém deve ter medo da verdade. A colocação feita pelo
Ver. Luiz Braz, que votou contrariamente ao Projeto de Resolução, eu votei
favorável, é de que ele queria que fosse dito o número de diárias que o
Prefeito receberia e quanto valiam elas, nada de mais. O custo parcial era
ilimitado, sem dúvida nenhuma poderia ser, mas eu acredito que não. Saúde e
paz. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PAULO BRUM (Questão de Ordem): Sr. Presidente, o Ver. Pedro Américo
Leal e o Ver. João Dib pronunciaram-se na tribuna dizendo que a Mesa teria
aceito essa Representação. Como integrante da Mesa Diretora, não me lembro de
termos deliberado sobre essa questão. Gostaria que V. Exa. esclarecesse o
Plenário.
O SR. PRESIDENTE: O Código de Ética Parlamentar, no seu
artigo nº 13, diz, Ver. Paulo Brum, que qualquer pessoa, cidadão ou entidade
pode fazer uma Representação documentada e apresentar ao Presidente. Foi o que
aconteceu com a Representação. O parágrafo do artigo nº 13 diz que o
Presidente, no prazo de 5 dias, apresentará ao Plenário essa Representação,
ouvido o denunciado. O que os Vereadores Pedro Américo Leal e João Dib devem
ter-se referido é que a Mesa teria recebido, mas, na verdade, o Presidente é
que é obrigado a receber quando documentadamente a Representação, quando
documentada. Outra coisa é que, depois de o Vereador denunciado apresentar, se
desejar, algum documento, e o Ver. Luiz Braz apresentou um documento, já dando
previamente as linhas da sua argumentação defensiva, ele podia não o fazer,
porque, ouvido o denunciado, ele pode dizer o que bem lhe aprouvesse nesta
oitiva. Mas o passo seguinte, aí sim é da Mesa. A Mesa reunir-se-á - após ouvir
o denunciado e apresentado ao Plenário - e nomeará ou designará um relator para
que - aí ouvindo ou lendo o que foi representado e as razões de defesa - dê um
parecer prévio. Aí passará a ser jurisdição da Mesa.
Vereadores,
digo a V. Exas.: como houve de ambos os lados, não só no documento apresentado
pelo Ver. Luiz Braz, expressamente a sua argumentação de que ele poderia
alterar, e até queria alterar a transcrição das notas taquigráficas, o que é um
direito do Vereador, retirando partes que poderiam ser ofensivas. A Bancada do
PT - embora extra-oficialmente - fez chegar a este Presidente, já também pela
própria palavra do Vereador de que retiraria do texto, ou seja, dos Anais da
Casa, as ofensas ou pretensas ofensas, ou termos, - já se considerava
satisfeita. Então, este Presidente logo viu que não deveria, açodadamente,
reunir a Mesa, designar um relator e abrir um processo se o próprio acusado já
estava manifestando o desejo de uma explicação ou de um entendimento com os
ditos ofendidos. Por isso, Ver. Paulo Brum, que a Mesa não adentrou ainda no
segundo estágio do processo do Código de Ética. E acho que fez bem, porque a
Bancada ofendida já se considerou retratada das ofensas. O próprio Vereador
citado, Ver. Luiz Braz, na sua prévia defesa, disse que iria fazer as correções
necessárias. Eu acho que a nós incumbia essa espera, o que é bom para todos,
porque atendida a parte ofendida, não há mais ofensa.
Eu
acho que nós agimos com uma certa precaução e vamos atingir nosso objetivo.
O SR. ISAAC AINHORN (Questão de Ordem): Nobre Vereador Nereu D’Ávila, dentro da
linha de raciocínio de V. Exa., e V. Exa. como Bacharel em Direito e advogado
que foi, tem muita clareza que, se em juízo, numa interpelação judicial
preparatória a uma ação de difamação e calúnia, pode a pessoa dar as suas explicações
e até retirar alguma palavra que possa ser ofensiva, eu entendo, em tese, que
muito mais no âmbito de uma manifestação não revista pelo orador, quando ele
revisa, ele pode retirar. E é um entendimento que atende a todos os segmentos.
Por isso
V. Exa., a meu juízo, agiu corretamente, com a experiência de quem é oriundo
dos bancos da Faculdade de Direito centenária da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul.
O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL (Questão de
Ordem): Eu não discuto o
fato de V. Exa. ser Bacharel em Direito nem tampouco advogado. Com o grande
trânsito parlamentar que eu tive, eu não posso admitir que o que se diz em
tribuna, desde que não se constitua palavrões ou coisas descabidas, mereça
contestação de um Vereador, de um Deputado. Onde é que nós vamos parar? Está
ameaçada completamente a possibilidade de o orador se pronunciar na tribuna. Se
esvai a carreira parlamentar! Eu me sinto agora despido, esvaziado, ameaçado
até!
O SR. PAULO BRUM (Questão de Ordem): Sr. Presidente, penso que V. Exa. esclareceu
esta Casa sobre esse processo todo, e quero também me solidarizar e parabenizar
V. Exa. pela maneira com que vem conduzindo esse processo todo e todo o
processo desta Casa Legislativa.
O SR. PRESIDENTE: O Vereador José Valdir me informa que
trocou a ordem de inscrição com a Vereadora Maristela Maffei. O Vereador José
Valdir está com a palavra em Comunicações.
O SR. JOSÉ VALDIR: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, o
pronunciamento teatral e veemente do Ver. Pedro Américo Leal não pode ficar sem
resposta, até porque o Vereador quer atribuir ao episódio do Ver. Luiz Braz, na
tribuna, como um episódio corriqueiro, que é da normalidade da Casa, e, em
outro argumento, que estaria abarcado pela chamada imunidade. Pois eu vou
discordar, Vereador. Em primeiro lugar dizendo que, nesta Casa, têm-se dito
muita coisa e não temos contestado, por exemplo: têm-se chamado o Prefeito e a
nossa Bancada de fascistas, não temos contestado isso, até porque é um equívoco
de ciência política que faz isso; têm-se pedido o impeachment do Prefeito pelas coisas mais banais; têm-se dito todos
os tipos de impropérios.
Agora,
isso aqui passou dos limites, eu acho que esta Casa, antes de tudo, tem que
primar pela ética da relação entre nós, Vereadores. Não foi para os Vereadores
se agredirem sem limites, fazer tudo quanto é tipo de acusação uns aos outros,
que o povo nos elegeu para esta Casa. Eu já recebi até cafezinho pelo lombo
aqui na Casa, recebi todo o tipo de impropério e fiquei quieto, mas este passou
dos limites.
Vou
ler, Vereador, o que V. Exa. não leu. V. Exa. referiu-se aos 22 milhões que o
Ver. Luiz Braz questionou, perguntou onde estavam - eram destinados para a
construção de casas - e disse mais: “esse dinheiro, possivelmente, foi para as
campanhas dos candidatos petistas”. Ora Vereador, isso é acusar a nossa Bancada
de corrupção. Quem está-nos vendo pelo canal 20 e aqueles que estão aqui,
quando ouvem um Vereador fazer esse tipo de pronunciamento, que nós usamos 22
milhões para as nossas campanhas do dinheiro público, isso é corrupção, e, se o
Vereador não provar, é calúnia. Vereador, esse é o limite que não podemos
ultrapassar. V. Exa. que é militar, sabe muito bem disso, Ver. Pedro Américo,
tem que ter o limite do respeito. Esse é um limite que V. Exa. nunca
ultrapassou, por mais veementes que sejam os seus discursos. Nenhum de nós,
aqui, ultrapassou, inclusive eu que sou também um Vereador veemente. Há
determinados limites que nós não podemos ultrapassar. Esse é o limite que foi
ultrapassado.
Agora,
o Ver. Luiz Braz terá que dizer que foi um excesso ou comprovar essa denúncia
de calúnia.
Vereador,
imagine V. Exa., quando era Deputado, alguém chegar lá e dizer que vinte
milhões do orçamento do Governador Jair Soares foram usados para financiar a
campanha da Bancada do Dep. Pedro Américo Leal, à época.
Eu
imagino que V. Exa. iria usar a veemência que usou hoje para dizer que nós
estávamos querendo ferir a democracia de forma diferenciada.
V.
Exa. iria usar com veemência, querendo que o Deputado que tivesse feito essa
denúncia hipotética, tivesse que se pronunciar ou até pediria a cassação do
Deputado, pois na época era moda.
Então,
Vereador, nós não estamos querendo aqui ferir nenhum princípio democrático.
Aliás, exigir que se apurem determinados fatos, exigir que alguém que faz uma
denúncia a comprove, é perfeitamente democrático, é isso que está nas regras
democráticas, ou este Código de Ética que tem aqui é para inglês ver.
Não,
este Código de Ética é justamente para estabelecer o limite das nossas
relações.
Quanto
à imunidade, Vereador, inclusive é um instituto discutível, se é aplicável na
sua integralidade para os Vereadores ou não, sabemos disso.
Agora,
não dá para se esconder na hora “H”, quando se faz determinadas acusações, se
tem todo o destempero verbal, vale tudo com a platéia cheia, como eu vi aqui, e
depois querer se escudar atrás da imunidade.
É
tão simplista dizer-se que estamos contra a democracia por pedir que esses
fatos sejam apurados, como seria simplista demais, como querem alguns, quando
criticamos alguns colunistas da imprensa dizer ou recorre à justiça para
garantir o direito das pessoas não serem caluniadas, dizer que somos contra a
liberdade de imprensa.
É
parte da democracia também nós exigirmos a reparação daqueles danos, daquelas
ofensas morais.
No
caso aqui, houve um prejuízo à imagem de toda a Bancada do Partido dos
Trabalhadores. Eu me senti atingido, nunca usei na minha campanha nenhum
dinheiro público. O Ver. Luiz Braz tem que se explicar sobre isso.
Se
explicar, tudo bem, poderemos considerar as suas explicações.
Agora,
é um direito nosso e vamos pedir, toda a vez, para a Mesa tomar providências
quando esses limites da ética e da boa relação entre nós forem ultrapassados.
Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores,
certamente contribuindo também para acalmar os ânimos tensionados, nesta Sessão
calma, em que o calmo Ver. João Dib se manteve dentro da tranqüilidade que lhe
é peculiar, e o Ver. José Valdir também, eu trago aqui, mais uma vez, para a
discussão, um assunto que galvaniza as atenções e a preocupação da população da
Cidade, que envolve a questão do “balão de ensaio” que a Administração
Municipal fez em relação ao aumento do IPTU. Normalmente, a discussão sobre o
aumento do IPTU se dá quando o Prefeito Municipal, no dia 30 de setembro,
comparece a esta Casa entregando a peça com o orçamento do ano seguinte
juntamente com as leis tributárias que instruem eventuais modificações da
legislação tributária. É da lei, é da Lei Orgânica, faz parte da
processualística tributária e da questão orçamentária da Cidade. Mas ele
antecipou o debate: ele provocou o debate como “um balão de ensaio”, preparando
as pessoas para o aumento de impostos. E dizem que não é aumento, porque a
alíquota permanece a mesma. A alíquota permanece a mesma, mas a base sobre a
qual incide o tributo é reavaliada. Quando vem para a Câmara, é que ela é
reavaliada acima da inflação.
Em
91, o Prefeito Olívio Dutra fez uma reavaliação da planta de valores: com uma
inflação de 1.750%, ele aumentou 3.500% da média acima da inflação; portanto,
100%. Fez isso por decreto, quando deveria fazê-lo por lei. As administrações
posteriores aprenderam que isso se faz por lei e não por decreto. A planta de
valores de 91, até hoje, está no Supremo Tribunal Federal, procrastinada a sua
decisão em função do recurso do Executivo Municipal.
Mas
o que eu quero trazer é que - mais uma vez eu insisto - há soluções concretas:
há receitas alternativas que estão sendo pouco desenvolvidas pelo Prefeito e
pelo Secretário da Fazenda. Tanto é que eu quero cobrar, estou encaminhando um
Pedido de Informações para saber se arrecadou e quanto arrecadou, por força de
uma Lei de autoria de um companheiro meu de Bancada, ilustre Vereador, hoje
Secretário de Obras do Estado do Rio Grande do Sul, Sr. Pedro Ruas, a Lei
Complementar nº 311 de 1993, que estabelece a incidência do Imposto Sobre
Serviços de Qualquer Natureza sobre as instituições financeiras. Eu quero saber
o que está havendo!
O
hoje Deputado Federal Henrique Fontana, em discurso feito no encaminhamento
desta matéria em 13 de dezembro de 1993, quando Vereador, disse o seguinte:
“Sr. Presidente e Srs. Vereadores, o Projeto do Ver. Pedro Ruas é de extrema
importância para a Cidade de Porto Alegre e acho que contém um mérito inegável
e singular. Enquanto a ideologia dominante, a ideologia neoliberal repete
incansavelmente a idéia de que o País está afogado de impostos excessivos e de
que o País não pode mais cobrar impostos, esse exemplo que o Ver. Pedro Ruas
traz a esta Casa demonstra qual é o verdadeiro debate.
O
Brasil não cobra impostos demais. O Brasil cobra muitos impostos de alguns que
não podem pagar e cobra poucos impostos de alguns poucos que poderiam pagar
muitos milhões de dólares para construir a justiça social pela qual este País
luta, espera e, seguramente, conseguirá.
O
exemplo que o Ver. Pedro Ruas dá hoje apresentando esse Projeto que poderá
arrecadar oito ou nove milhões de dólares por ano, só para dar uma noção para
as pessoas que estão acompanhando esta Sessão, se esse valor fosse efetivamente
recolhido pelos cofres públicos poderia, por exemplo, custear entre trinta e
cinco a quarenta unidades básicas de saúde em Porto Alegre”.
Eu
pergunto: qual a arrecadação? Com que controle, com que fiscalização as
instituições financeiras sediadas em Porto Alegre estão pagando ISSQN?
Eu
quero um esclarecimento. Eu quero saber o valor. Porque se estão entrando nove
ou dez milhões de dólares por ano, que são cerca de dezesseis milhões de reais,
Sr. Presidente, não há absoluta necessidade de se aumentar IPTU acima da
inflação, contra um funcionalismo público federal e estadual que não vê aumento
nos patamares da inflação há mais de cinco anos. Tenho dito. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra a Vera. Maristela Maffei em
Comunicações.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, em
relação ao Presidente Fernando Henrique Cardoso, esta Casa não comenta mais
nada. Parece que não subiu a gasolina, que não temos inflação! O Ministro Serra
já avisou que não vai mais ter o aumento da tabela do SUS, e está tudo bem! O
grande réu, no País do roubo, como é o Brasil, decretado, principalmente, aos
olhos submissos do Presidente Fernando Henrique Cardoso, de repente é o
Orçamento Participativo da nossa Cidade.
Mas
temos um grande salvador da Pátria: o Senador Antônio Carlos Magalhães, que
envolve-se, agora, na polêmica sobre a questão da pobreza no Brasil. O famoso
“Toninho Malvadeza”, tão preocupado com as questões nacionais, com a fome do
povo, quer criar, agora, algo para salvar a fome do povo brasileiro!
Na
semana passada, a grande eminência parda do PFL apresentou uma proposta para a constituição de um fundo antipobreza, que
seria alimentado pelo remanejamento de tributos já existentes e pela criação de
novos impostos, inclusive por uma nova contribuição a ser paga pelos
assalariados.
Vejam
bem, hoje, o pobre paga o mesmo percentual sobre o quilo do feijão que o rico
paga. E, novamente, o pobre vai subsidiar o imposto para matar a sua fome.
Supostamente,
este fundo arrecadaria, anualmente, de seis a oito bilhões por ano, e seria
administrado por um conselho presidido - será que por um simples acaso? - pelo
Vice-Presidente da República, também o pefelista Marco Maciel.
Analistas
políticos passaram a coçar a cabeça para descobrir os reais motivos que levam
Antônio Carlos Magalhães a apresentar tal proposta, que não deixa de
representar uma crítica direta ao Governo de Fernando Henrique Cardoso, Governo
que ele ajudou a construir e que continua fortemente dependente de seu apoio.
Seria apenas mais uma jogada de marketing
de Antônio Carlos Magalhães, visando à eleição presidencial de 2002? Seria uma
retaliação de sua parte à maneira pela qual o Palácio do Planalto conduziu a
questão da ida da Ford à Bahia, em que o Presidente, no final, cedeu no
essencial, mas após um período em que deu uma de “homem forte” que durou vinte
dias, período em que Antônio Carlos Magalhães foi aconselhado a ficar calado e
recolhido em Salvador?
Pois
bem, Antônio Carlos Magalhães fez o seu projeto antipobreza praticamente sem
pedir conselhos ao Governo Federal. O Presidente mandou sua equipe analisar a
proposta e passou a mandar recados ao seu poderoso aliado, que age como quase
Primeiro Ministro da República. Em cerimônia no Palácio do Planalto, Fernando
Henrique Cardoso mandou mais um recado, ao afirmar que o caminho mais curto
para combater-se a pobreza é o Congresso votar a regulamentação da Reforma da
Previdência, que, segundo ele, possibilitaria uma economia de nove milhões de
reais por ano ao Governo, quantia maior do que a do fundo proposto por Antônio
Carlos Magalhães.
Realmente,
a atividade política nas democracias dominadas pelos grandes interesses é
assim: os poderosos discutem entre si, usando frases carregadas de intenções
veladas, e levantam muito mais poeira sobre os problemas reais do povo - como a
pobreza no País - sem apresentar soluções efetivas.
Infelizmente,
no nosso País é assim: os grandes problemas não são debatidos, e aqui, nesta
Casa, nós somos acusados levianamente, como se nós estivéssemos desviando o
pouco dinheiro que recebemos e temos na nossa Cidade.
Nós
temos que enfrentar um debate político de frente, sem escamotear. Não querem
deixar o Governo da Frente Popular governar.
Finalizando,
quero dizer que nós temos fôlego para trabalhar, e as últimas eleições
mostraram que, mesmo usando muito dinheiro e comprando lideranças das bases desta
Cidade e deste Estado, a verdade prevaleceu e nós ganhamos nas urnas. É assim
que vamos continuar trabalhando: com hombridade e seriedade. Nós não temos medo
de enfrentar a velha política que sempre existiu no nosso País. Muito obrigada.
(Não
revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra a Vera. Clênia Maranhão,
em Comunicações.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras.
Vereadoras, antes de entrar no tema sobre Porto Alegre, quero registrar a
comemoração, hoje, dos cento e cinqüenta anos da heroína dos dois mundos, Anita
Garibaldi. E, evidentemente, parabenizar as mulheres gaúchas, componentes do
piquete Anita Garibaldi, que representam o nosso Estado nas comemorações do
vizinho Estado de Santa Catarina, na Cidade de Laguna, nas grandes comemorações
organizadas em homenagem aos cento e cinqüenta anos daquele Estado.
Recentemente,
eu tive o prazer de contribuir com o lançamento, aqui no nosso Estado, de uma
importantíssima publicação de uma pesquisadora brasileira, a pesquisadora Ivone
Capuano, que traz uma pesquisa de quase mil páginas de uma obra intitulada de
“Sonhos e Utopias - Anita e Giusepp Garibaldi”. Eu queria dizer aos Vereadores que estou doando, à biblioteca da
nossa Casa, esta obra, que eu considero um resgate legítimo de uma história de
luta de uma mulher que foi uma heroína e que, nos cento e cinqüenta anos da sua
morte, pouco resgatada na sua luta e na sua história.
Eu
queria, em segundo lugar, recolocar aqui uma preocupação que tenho trazido
muitas vezes a esta tribuna, que muitos consideram que não deveríamo-nos
preocupar com isso, tendo em vista a abrangência da nossa responsabilidade
política. Porém, eu considero que todas as questões dos consumidores são
questões políticas, que devem ser tratadas no âmbito dos poderes públicos, das
entidades civis e dos parlamentos. É o quinto aumento dos preços dos
medicamentos, praticado de forma abusiva neste País, que tem sido um dos
elementos importantes na questão do agravamento da crise da saúde em nosso
País. Evidentemente, a decisão política de modificação dessa realidade é tomada
em nível federal, porém os aumentos abusivos sucessivos dos medicamentos
prejudicam os brasileiros, e nós, que somos parte dessa população, temos que
colocar a nossa indignação e o nosso repúdio a essa política de cartel
utilizada na área de produção de medicamentos no Brasil, que penaliza,
fundamentalmente, os idosos e as pessoas que fazem uso contínuo de
medicamentos.
Reporto-me
a uma grave situação no nosso Município, no que se refere a área da assistência
social. Tenho recebido, freqüentemente, em meu gabinete, pessoas que trabalham
na FESC, técnicos e funcionários, que têm trazido uma situação de extrema
preocupação, considerando hoje a pouquíssima parcela dos funcionários da FESC que
são designados para a área dos abrigos. Destaco a situação extremamente grave
dos funcionários que trabalham no abrigo de adolescentes Ingá-Brita. Nós
sabemos que aqueles adolescentes, que estão em uma situação especial de sua
vida, requerem um atendimento também especializado com recursos humanos
suficientes. A situação dos técnicos, dos profissionais dessa área de
assistência, muitas vezes em situações de risco, e também o fato do fim dos
contratos de terceirização e de substituição parcial desses monitores, tem
colocado em insegurança os profissionais da área, e em situação de mau
atendimento os adolescentes.
Nós,
com a preocupação de poder comprovar as denúncias que fizemos sobre o
não-cumprimento das obras aprovadas no Orçamento Participativo, e também
considerando a importância do Projeto que tramita nesta Casa sobre a
regularização desse processo, nossa Bancada organiza, na próxima quinta-feira,
um debate sobre esse tema, trazendo as fotos para que se possa, vendo aqueles
painéis, ter a prova real de que as nossas denúncias foram verdadeiras. Muito
obrigada.
(Não
revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Reginaldo Pujol está com a
palavra, em Comunicações.
O SR. REGINALDO PUJOL: Senhor Presidente e Srs. Vereadores,
quero confessar literalmente uma situação absolutamente desagradável que
vivenciei nesta tarde. Aprendi, desde muito cedo, ainda lá em Quaraí, que o
ciúme é um sentimento pequeno, dos fracos; que a inveja não é um qualificativo
do ser humano. Inobstante, quero declarar sinceramente que, em determinados
momentos, sinto uma grande inveja daqueles que têm a felicidade de ter como seu
representante no Senado Federal o Sr. Antônio Carlos Magalhães. Esse cidadão
três vezes Governador em seu estado faz a diferença do Senado Federal, que justifica,
inclusive, que até na Câmara de Vereadores, representante de um partido
hegemônico no Município de Porto Alegre, representante do continuísmo
administrativo na Cidade, daqueles que estão encastelados na Administração
Municipal, da qual serão retirados no próximo ano, percam o seu tempo em tentar
inibir a ação do Senador Antônio Carlos Magalhães que, com a sua
responsabilidade de homem público e com a força da posição que ocupa, com a
responsabilidade que tem na vida pública brasileira, entende que, mesmo no
momento em que o País é governado por um cidadão, Fernando Henrique Cardoso,
para o qual ele foi decisivo na sua eleição, a situação brasileira é de tal
ordem no momento que, constituir-se um fundo especial de combate à pobreza,
passa a ser um imperativo de ordem emergencial absolutamente indiscutível.
Vejam
bem, Ver. Pedro Américo Leal, que é o meu balizador nesta Casa. Quando alguém,
no Brasil, se apossa das idéias, fico um pouco trêmulo, porque, V. Exa., que é
um homem experiente, sabe que todas às vezes em que as pessoas, em qualquer
ponto do mundo, se adonam da verdade, acham que são seres que estão acima do
bem e do mal, que as coisas só estão certas olhadas pela ótica deles e estão
erradas quando olhadas por uma visão diferente; quando as pessoas entendem que,
numa tribuna parlamentar, as pessoas não têm o direito de opinar livremente.
Fico, nas vésperas dos meus 60 anos, trêmulo e extremamente temeroso de que
algo de não muito bom esteja para acontecer na comunidade. Hoje, até tive uma
situação especial que jamais exploraria, que posso olhar os olhos do Ver. Lauro
Hagemann e dizer que jamais exploraria e não vou explorar, que me faça avançar
nesta idéia de que as coisas estão perigosas. As coisas estão muito perigosas!
Estamos até querendo disciplinar a forma como as pessoas têm que pensar, a
forma como as pessoas têm que agir, a forma como as pessoas têm que se
comportar na vida pública. Não podemos ser pretensiosos ao ponto de querer
ensinar alguém que é Senador da República como ele tem que proceder. Esse
cidadão é responsável nos seus atos. Não vou querer dizer ao PT, aos seus
grandes líderes, ao Senador Suplicy como ele deve se comportar. Ele deve se
comportar da forma que a sua consciência, que as suas diretrizes ideológicas,
doutrinárias e políticas determinarem, porque, do contrário, ficamos em uma
situação muito trágica.
Há
pouco ouvi a minha queridíssima amiga, Vera. Maristela Maffei, num arroubo de
oratória, dizer: “compraram votos e não ganharam a eleição”. Estou aqui ouvindo
calmamente essa expressão, porque é um direito da Vera. Maristela Maffei fazer
essa afirmação, ainda que inverídica, ainda que não tenhamos comprado voto
nenhum. Quero que a Vera. Maristela Maffei continue com esses arroubos, mas que
respeite quando outros colocarem as suas posições divergentes da dela, dos seus
companheiros, e possam até, em determinado momento, cometer alguma diatribe
verbal.
Sou
um homem que tenho que viver me policiando para não dizer aquilo que possa
ferir suscetibilidades. Policio-me tanto que quero-me cingir a um Regimento
que, neste momento, me amarra e me impede de dizer mais.
Mas,
o que posso afirmar e afirmo forte nesta hora é o seguinte: vamos parar com
esse patrulhamento mútuo. Vamos entender, de uma vez por todas, que essa
história de “colírio nos nossos olhos, ser veneno nos olhos dos outros” é uma
balança de duas medidas, que num próprio equilíbrio político é a racionalidade
que tem que predominar em uma Casa Legislativa. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Elói Guimarães está com a palavra,
em Comunicações.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, quero
registrar a presença, na nossa Casa, do professor Hugo Ramirez, escritor,
poeta, fundador da Estância da Poesia Crioula, ao lado de tantos nomes e
grandes figuras da cultura gaúcha como Jayme Caetano Braun, que nos deixou,
Niterói Ribeiro e outros. Mas, receba professor Hugo Ramirez a nossa saudação,
o nosso abraço.
Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, vou-me ater à questão da saúde, em especial à
questão ligada aos preços dos remédios, dos medicamentos, porque a saúde tem um
itinerário para atingir a sua finalidade, qual seja a cura; o tratamento, que
começa com o diagnóstico, através de um médico; os equipamentos; o hospital e,
o terceiro ponto fundamental é, exatamente, o medicamento. A sociedade vem-se
perguntando sobre esse aspecto, porque a indústria farmacêutica é um grande
mistério, é um túnel escuro, onde as informações são quase nenhuma. Os
reajustes vêm-se acumulando há anos até esta data. Não é só a questão do
câmbio, que o Governo quer atribuir, porque antes o preço dos remédios já vinha
numa ascensão violenta, quando se tem o policiamento autoritário dos salários
de todas as categorias, quando o salário não sofre nem o reajuste vegetativo,
enquanto que os remédios disparam.
Eu
encontrei um casal de italianos que falava muito bem o português, eles me
diziam, com surpresa, que compraram em uma farmácia e a pessoa que atendia
perguntou se o pagamento seria à vista ou a prazo. Tive a oportunidade de
explicar-lhes o caos em que mergulhou a saúde do nosso País, e principalmente a
questão dos remédios. Porque nesse ciclo de prestação, de oferta da saúde
pública, um aspecto importantíssimo é o remédio. Pois a população está morrendo
por falta de remédios, não é só por falta de hospitais, por falta disso ou
daquilo, é por falta de remédios! Porque não tem, absolutamente, condições de
comprar os medicamentos. Vai ao médico e este dá a receita, o paciente vai à
farmácia e lá fica abatido porque não tem condições de comprar o remédio, sai
com a sua receita no bolso, tal o preço escorchante, proibitivo. E onde não
existem, por parte das autoridades, explicações convincentes, porque é um
mistério.
A
indústria farmacêutica neste País tem que ser passada a limpo, Sr. Presidente e
Srs. Vereadores, temos que desvendar esse mistério que existe aí. Porque nos
demais setores existe alguma informação, na agricultura por exemplo, os preços
agrícolas, os preços públicos pelo menos são mostrados, é mostrada a
metodologia de cálculo. A indústria farmacêutica é um mistério insondável. O
que existe por trás disso? Que interesses estão na raiz desse processo? Que
interesses multinacionais estão por trás disso? Porque é coisa meio sagrada, é
coisa meio intocável, Sr. Presidente e Srs. Vereadores. E as pessoas estão
morrendo porque não têm como comprar os remédios. De nada vale o diagnóstico do
médico, a receita médica e até mesmo os hospitais, porque o paciente não tem
remédio.
Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, vamos abrir um debate, bem-aventurado o Canal 16,
porque sabemos como processa a mídia convencional, de um modo geral, quando os
assuntos são desse ou daquele interesse não se tem espaço. Agora, temos um
pequenino espaço no canal 16 para dizer as verdades, e elas começarão a ser
ditas. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Guilherme Barbosa está com a
palavra em Comunicações.
O SR. GUILHERME BARBOSA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, todos
sabem que tenho pelo Ver. Pedro Américo Leal uma enorme amizade.
O Sr. Pedro Américo Leal: A recíproca é verdadeira.
O SR. GUILHERME BARBOSA: É verdade, aceito isso com satisfação.
Hoje fiquei contente, porque o Vereador veio aqui reafirmar a questão da
democracia. Não era bem assim, antes, com o Ver. Pedro Américo Leal. Mesmo com
esta amizade permita-me que marque isso: no tempo em que não havia democracia
neste País o Vereador estava defendendo aquele governo militar, que exilou
gente, torturou gente e matou alguns. Fico contente quando o Vereador vem aqui
colocar a questão da democracia. Para nós, que sempre lutamos pela democracia,
dissemos, sempre, que ela tem algumas regras básicas, porque as pessoas têm que
se respeitar e quando for feita alguma acusação tem que ser provada.
O
Prefeito foi acusado de imoral, por querer viajar e no Projeto de Resolução não
estava o número de diárias. Nunca está, mas estava no ofício encaminhado ao
Presidente da Casa. Foram três diárias que somavam, no total, um mil e cem
reais e se continuou dizendo que ia comprar badulaques e assim por diante. Como
se isso não bastasse, mais adiante, nove dias depois, o mesmo Vereador nos
acusou - como ele acha que o dinheiro não foi aplicado onde deveria - de, quem
sabe, ter aplicado na campanha dos candidatos do PT. Isso é calúnia. Isso é
dizer que nós utilizamos o dinheiro do Município para a nossa campanha.
Nós
achamos que o limite foi ultrapassado e, por isso, tomamos essa iniciativa,
porque queremos que isso seja provado. Mas há outro caminho, o Ver. José Valdir
já colocou e nós estamos aberto a ele. É preciso que se esclareça, nesta
tribuna, da mesma forma que foram feitas as acusações. Nós não queremos brigar,
pelo contrário, brigar é muito ruim. Temos outros assuntos importante, como por
exemplo, o Plano Diretor, a LDO e tantos outros neste semestre. Estamos abertos
a outro processo, no entanto, é preciso que isso fique claro.
Mesmo
que o Vereador tivesse razão no mérito, mas não tem, não poderia ter falado
aquilo.
Eu
tenho um caderno que deve estar sendo distribuído pela Administração a todos,
deve chegar mais adiante, referente aos trabalhos do DEMHAB sobre regularização
fundiária. São cerca de quinze vilas vou ler algumas: Alto Erechim, Asa Branca,
Batista Flores, Campo da Tuca, Cruzeiro do Sul, Esmeralda, uma série enorme de
vilas onde nós temos a regularização fundiária sendo executada pelo DEMHAB. No
outro lado de reassentamentos, quadra 167 da Chácara da Fumaça, duzentas
famílias; Cavalhada, cem famílias; Cavalhada Três, seis famílias; Loteamento
Santa Paula, cento e vinte e cinco famílias, Vila Nova, quatrocentas famílias;
Chapéu do Sol, quinhentos e oitenta e nove famílias; loteamento Timbaúba, duas
mil, quatrocentos e trinta e uma famílias; Restinga, seiscentos e sessenta e
quatro famílias. Obras e obras como esta Cidade nunca viu, que começaram em 97
e continuam agora. Nem no mérito teria razão. Não é possível, mas nós estamos
abertos para outro caminho, se for possível.
Vamos
parar de dizer inverdades para o povo. Chega de dizer inverdades para o povo. A
verdade é esta: em 96, do total de 313 obras, 202 executadas, 96,5%. Em 1997,
93,3% das obras. Em 1998, já 88% das obras executadas. E o que não foi, ainda,
será, porque, antes, a afirmação é que a Prefeitura não tinha compromisso com o
Orçamento Participativo porque não realizava 8% das obras. Chega de inverdades!
Vamos escrever o nome da rua de novo. Escreve de novo o nome da rua! Não têm
coragem porque está cheio de inverdades. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Encerrado o período de Comunicações.
Passamos
à
PAUTA
(05 oradores/05 minutos/com apartes)
1ª SESSÃO
PROC.
1948/99 - PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 003/99, de autoria do Ver. Elói Guimarães, que
altera o art. 91 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre. (substituição do
Prefeito)
PROC.
1192/99 – SUBSTITUTIVO Nº 01, que
cria obrigação tributária acessória e estabelece as condições para cobrança e
fiscalização do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza, prestados através
dos prefixos 900 e 0900 da telefonia fixa e móvel, ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 031/99, ambos de autoria do Ver.
Adeli Sell.
PROC.
2028/99 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 088/99, de autoria da Verª Maristela Maffei, que
concede ao Senhor Francisco Buarque de Hollanda o título honorífico de Cidadão
de Porto Alegre.
PROC.
2045/99 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 089/99, de autoria do Ver. Cláudio Sebenelo, que
dispõe sobre os fogos de artifício e demais artefatos pirotécnicos e dá outras
providências.
PROC.
2063/99 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 006/99, de autoria do Ver. Isaac Ainhorn, que
suspende o direito de uso dos espaços públicos municipais cedidos à entidade
que infringir a legislação municipal.
PROC.
2065/99 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 093/99, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que
proíbe a distribuição gratuita de cigarros, por seus fabricantes, aos
freqüentadores de bares, restaurantes, bingos, clubes, casas noturnas e
estabelecimentos similares no Município de Porto Alegre e dá outras providências.
PROC.
2078/99 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 094/99, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua Barnabé Pereira dos Santos um logradouro público localizado no
Bairro Farrapos.
PROC.
2079/99 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 095/99, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Praça Arlindo Wendelino Kremer um logradouro público localizado no
Bairro Farrapos.
PROC.
2141/99 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 010/99, que autoriza a permuta de próprio
municipal por área localizada na Rua Dr. Salvador França, para fins de execução
de obras da III Perimetral e dá outras providências.
PROC.
2356/99 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 012/99, que cria e extingue cargos de provimento
efetivo na Administração Centralizada do Município e dá outras providências.
(Técnico em Radiologia)
PROC.
2357/99 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 013/99, que cria cargos de provimento efetivo na
Administração Centralizada do Município e dá outras providências. (diversos
cargos integrantes dos Grupos de Saúde e Assistência, Técnico Profissional e
Executivo e Assessoramento Superior)
PROC.
2358/99 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 014/99, que cria cargos do Magistério Público
Municipal na Administração Centralizada do Município e dá outras providências.
(Professor)
PROC.
2454/99 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 038/99, de autoria da Mesa Diretora, que consolida disposições
sobre estágio curricular de complementação profissional, para estudantes de
estabelecimentos de ensino de segundo grau e superior, na Câmara Municipal de
Porto Alegre e dá outras providências.
PROC.
2455/99 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 039/99, de autoria da Mesa Diretora, que extingue dois cargos em
comissão de Assessor Técnico Especial, cria um cargo em comissão de Assessor
Parlamentar de Bancada e um cargo em comissão de Assessor em Assistência
Social, no Quadro de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas da Câmara
Municipal de Porto Alegre, e dá outras providências.
PROC.
2457/99 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 040/99, de autoria da Mesa Diretora, que coloca em extinção, na
Câmara Municipal de Porto Alegre, à medida em que vagarem, os cargos efetivos
da classe de Auxiliar de Serviços Gerais e o cargo em comissão de Consertador
de Máquinas; extingue as funções gratificadas de Eletricista, Marceneiro, Desenhista,
Jardineiro e Auxiliar de Serviços de Conservação, bem como duas funções
gratificadas de Chefe de Setor; cria funções gratificadas de Oficial-Assessor e
de Assessor do Gabinete de Estudos Legislativos; institui a terceirização dos
serviços de limpeza e de manutenção e dá outras providências.
PROC.
3126/98 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 156/98, de autoria da Verª Maria do Rosário, que
denomina Rua André Gambrois um logradouro público localizado no Bairro Nonoai.
(desarquivado a requerimento do Ver. Cyro Martini)
PROC.
3128/98 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 157/98, de autoria da Verª Maria do Rosário, que
denomina Rua David Capistrano da Costa um logradouro público localizado no
Bairro Nonoai. (desarquivado a requerimento do Ver. Cyro Martini)
PROC.
1963/99 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 084/99, de autoria do Ver. Nereu D’Avila, que
institui o Programa de Incentivo ao Trabalho e Requalificação Profissional no
Município de Porto Alegre e dá outras providências. Com Emenda nº 01.
PROC.
2048/99 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 090/99, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Monsenhor Zeno Marques um logradouro público localizado no Bairro
Farrapos.
PROC.
2049/99 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 091/99, de autoria do Ver. Jocelin Azambuja, que
altera a Lei nº 6998/92, alterada pela Lei nº 7462/94, estendendo o benefício
da passagem escolar a acompanhantes de alunos entre 5 e 10 anos de idade, bem
como dá nova redação ao § 1º do art. 3º, que trata da confecção e distribuição
de cadernetas para a compra de passagens.
3ª SESSÃO
PROC.
3452/98 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 054/98, de autoria do Ver. Clovis Ilgenfritz, que concede ao Senhor
Júlio Nicolau Barros de Curtis o título honorífico de Cidadão Emérito de Porto
Alegre. (desarquivado a requerimento do Ver. Guilherme Barbosa)
PROC.
1936/99 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 080/99, de autoria do Ver. Antônio Losada, que
institui a Semana da Declaração dos Direitos do Homem no Município de Porto
Alegre e dá outras providências.
PROC.
1938/99 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 027/99, de autoria do Ver. Pedro Américo Leal, que altera o § 2º do
art. 1º da Resolução nº 1306, de 22 de dezembro de 1995, que institui o Prêmio
de Ciência e Tecnologia Mário Schenberg.
PROC.
1941/99 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 081/99, de autoria do Ver. Gilberto Batista, que
institui linhas especiais de serviço de lotação com terminais nos Bairros
Parque Santa Fé, Jardim Alpino e Parque Madepinho.
PROC.
1961/99 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 083/99, de autoria da Verª Helena Bonumá, que
estabelece identificação de raça e etnia nos dados cadastrais da administração
municipal.
PROC.
1992/99 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 086/99, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Praça Dimas Costa um logradouro público localizado no Bairro Farrapos.
PROC.
1995/99 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 087/99, de autoria do Ver. Carlos Alberto
Garcia, que altera dispositivos da Lei nº 6002, de 02 de dezembro de 1987, com
alterações introduzidas pelas Leis nºs 6806, de 21 de janeiro de 1991; 7775, de
27 de março de 1996, e 7919, de 16 de dezembro de 1996. (libera, para
estacionamento na área central do Município, os prestadores de serviços de
transporte de passageiros)
PROC.
2012/99 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 005/99, de autoria do Ver. Lauro Hagemann, que
altera a Lei Complementar nº 284, de 27 de outubro de 1992 (Código de
Edificações de Porto Alegre). (parâmetros para instalações sanitárias de
prédios não-residenciais)
4ª SESSÃO
PROC.
1863/99 – PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 002/99, de autoria do Ver. Luiz Braz, que
acrescenta § 2º ao art. 90 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre.
(obrigatoriedade de encaminhamento, ao Legislativo, pelo Prefeito empossado, de
documento contendo promessas de campanha)
O SR. PRESIDENTE: Faço um pedido aos Srs. Vereadores que
estão inscritos em Pauta: hoje, ao passarmos à Ordem do Dia, temos que fazer
duas Sessões Extraordinárias para correr a pauta, porque há processos
importantes na Casa, inclusive aquele da criação de cargos na área da saúde, do
Executivo. O Ver. João Dib até tem um pedido de urgência. Em vista disso,
solicito aos Srs. Vereadores que deixem para usar o período de Pauta na
terceira Sessão Extraordinária, a fim de não prejudicar as propostas que temos
que vencer, sem prejuízo das inscrições anteriormente feitas. Faremos a
verificação de quórum para Ordem do Dia e, após Ordem do Dia, realizaremos as
duas Sessões Extraordinárias.
O SR. JOSÉ VALDIR (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu estou preocupado. O
espírito das mudanças que fizemos no Regimento foi para permitir que o período
de Comunicações, que praticamente nunca acontecia, efetivamente acontecesse.
Por que não acontecia? Porque nunca se chegava lá, invertia-se a ordem dos
trabalhos e assim por diante. Eu estou preocupado, porque parece que agora nós
adotamos a política do cobertor curto, vamos fazer funcionar o período de
Comunicações, fazendo, de uma certa forma, com o período de Pauta o que
estávamos fazendo com o período de Comunicações. Eu estou preocupado.
O SR. PRESIDENTE: Vereador, onde é que está a preocupação
de V. Exa, se a Pauta vai-se realizar? Nós temos é que fazer Sessões
Ordinárias, inclusive para o Projeto do Executivo, de 811 cargos na área da
saúde. Nós estamos apenas acelerando. Depois temos a questão do Plano Diretor.
Não vejo onde estamos sendo prejudicados. Esta Presidência só quer acelerar o
processo. Se os Srs. Vereadores não entenderem que a Pauta deva ser removida,
faremos a Pauta. Eu não vou, aqui, ser obstáculo à liberdade dos Srs.
Vereadores. Vamos deixar bem claro.
O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL (Questão de
Ordem): Sr. Presidente,
quero esclarecer e chamar a atenção de que hoje foi um dia extraordinário. Nós
tivemos aqui festanças das 14h às 15h30min. O expediente foi todo comprometido.
O SR. PRESIDENTE: Nós estamos no período de Pauta,
Vereador.
O SR. LUIZ BRAZ (Questão de Ordem): Sr. Presidente, neste período de Pauta,
então, ninguém discute, de acordo com as Lideranças. Ela só serve para que os
Projetos tramitem em Pauta?
O SR. PRESIDENTE: Exatamente, Vereador. Transferem-se as
inscrições para a última Sessão Extraordinária. Elas não serão prejudicadas.
Ela corre normal, como a maioria dos processos estão repetidos, apenas estamos
correndo para acelerar. corremos esta Pauta, entramos na Ordem do Dia e aí
fazemos duas Sessões Extraordinárias, na terceira se discute a Pauta. Não há
prejuízo. Não sei aonde o Ver. José Valdir entendeu que estamos prejudicando.
O SR. JOÃO DIB (Questão de Ordem): Eu concordo com as alterações que V.
Exa. pretende mas entendi, acho que é assim, que as inscrições de Pauta serão
mantidas para a terceira Sessão?
O SR. PRESIDENTE: Serão mantidas. Não haverá prejuízo.
O SR. GUILHERME BARBOSA (Questão de
Ordem): Sr. Presidente,
só para dizer que, na verdade, o Ver. José Valdir tinha entendido de outra
forma. Mas a nossa Bancada concorda com esse encaminhamento.
O SR. PRESIDENTE: Exato, não vai haver prejuízo. Passamos
à
ORDEM DO DIA
Srs.
Vereadores, neste momento constatamos, visualmente, a inexistência de quórum
para a continuidade dos trabalhos.
Encerramos
a presente Sessão e convocamos os Srs. Vereadores para uma Sessão
Extraordinária logo a seguir.
(Encerra-se
a Sessão ás 17h03min.)
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